Enquanto esteve em exibição na minha cidade, o filme ficou apenas na sala Vip. Os cinemas estão nas últimas e eles inventam essa de sala vip, com um ingresso bem caro. Mesmo com poltronas reclináveis, não sei se suportaria duas horas e quarenta minutos de Baz Luhrmann, não depois de "O grande Gatsby" e de "Austrália". Na telinha, levei uns cinco dias pra ver o filme todo, nos horários de almoço. Ainda não sei se vou comprar o blu-ray em novembro. Filme legal? Sim. Rever tudo aquilo tão cedo? Acho que não.
Como biografia de Elvis Presley, o filme faz bonito. O pior inimigo dessa produção acaba sendo o diretor. Sabe aquele jeitão frenético do cara? O filme já começa com o pé no acelerador, a juventude de Elvis meio que passa voando. Quando o diretor desacelera o ritmo, a gente começa a conhecer melhor os personagens. Esses são os melhores momentos, depois de uma hora de filme eles começam a aparecer mais. O filme é narrado pelo empresário trambiqueiro de Elvis, vivido pelo Tom Hanks. Isso incomoda um pouco porque o cara é repugnante demais e fica dizendo que não é ele o vilão da história (o que foi? o estúdio ficou com medo de pegar pesado e ser processado pelos parentes do cara? se é que tem algum por aí.). O Austin Butler como Elvis não me decepcionou. Teria sido um filmão se o diretor não ficasse jogando confetes na tela de vez em quando (hey, é o diretor de Moulin rouge!), porque o filme só decola nos momentos dramáticos, não dá certo querer transformar essa história num carnaval. Ah, separe um lencinho para o final.
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