29.10.21

DIGA "SIM" ÀS DROGAS


Eu não curti esse filme na época. Teve gente que gostou. Em matéria de "filme gay" no grande circuito de Hollywood, SERÁ QUE ELE É? (1997) fazia parte do pouco que a gente tinha nos anos 90. Era gostar ou odiar porque não havia outra coisa. Rapaz, como esse filme envelheceu mal, e ele já não era grande coisa. O que mais incomoda é o óbvio, o filme é (e sempre foi) uma comédia para fazer hétero rir. Ele foi baseado numa história real. Quando Tom Hanks ganhou o Oscar por "Filadélfia", ele mandou agradecimentos para um professor, que é gay. No filme, Matt Dillon ganha um Oscar (o prêmio que ele segura é real. Se trata do Oscar que Kevin Kline ganhou por "Um peixe chamado Wanda") e manda um agradecimento para o seu professor (Kevin Kline) tirando o cara do armário. O professor, e a esposa, estão vendo a cerimônia pela TV e ficam sem palavras. O cara não tem a menor ideia de onde isso saiu porque nunca se viu como homossexual. Ele se torna famoso em sua cidade no dia seguinte, as pessoas começam a tratá-lo de uma maneira diferente (homofobia numa comédia dos anos 90? Tá tudo bem, ninguém tratava isso como crime). Tirando o beijo sem graça entre Kevin Kline e Tom Selleck, o pior momento do filme foi aquele com a fita do teste gay, super homo-ofensivo. Não é um momento dos anos 90 que a gente quer guardar na memória. Felizmente, os homofilmes evoluíram. Hoje, eles são mais realistas e, às vezes, eles ganham um Oscar.




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