1.10.21

DÊ UMA CHANCE PARA ...


Filme de 1999 baseado num livro de Michael Crichton que eu adoro ("Devoradores de mortos"). O 13Âș GUERREIRO Ă© um filme produzido pelo prĂłprio Crichton. Insatisfeito com o resultado final, ele atĂ© dirigiu algumas refilmagens e bolou um novo desfecho. Tudo isso saiu caro e o filme nĂŁo conseguiu se pagar nas bilheterias, foi uma das maiores bombas do ano. O pior Ă© que tem pouca coisa do livro no roteiro, a violĂȘncia foi moderada, os vilĂ”es sĂŁo completamente diferentes, ficou parecendo, em alguns momentos, uma nova versĂŁo de "Os sete samurais". E como o livro foi baseado numa histĂłria real, o filme, pra variar, passa uma rasteira nos fatos histĂłricos.

Em seu livro, Crichton reuniu vĂĄrias versĂ”es da histĂłria do ĂĄrabe Ahmed Ibn Fahdlan (Antonio Banderas no filme) tentando montar uma trama coesa. O ĂĄrabe escreveu sobre sua aventura com os vikings e esse se tornou um dos relatos mais ricos a respeito dos costumes e da cultura viking. Ele encontrou os guerreiros no rio Volga e seguiu com eles atĂ© o extremo e gelado norte, onde ajudaram uma vila que estava sendo atacada por um "mal cujo nome nĂŁo pode ser dito". No filme, a trama tem pressa. Antonio Banderas dĂĄ uma de Pocahontas (acho que a sereia de "Splash" ficaria melhor), e aprende o idioma dos vikings em menos de um minuto, sĂł observando eles. AĂ­, todo mundo começa a falar inglĂȘs para a sua comodidade. O famoso ator Omar Sharif aparece numa pontinha. O livro tem uma boa histĂłria, o problema do filme Ă© que ele tenta ser um blockbuster para adolescentes (faltou um hip hop na trilha musical, vocĂȘ sabe que Ă s vezes Hollywood faz isso), as sequĂȘncias de batalha sĂŁo modestas demais (pĂ©ssima ou nenhuma coreografia) e nĂŁo arrumaram tempo pra gente conhecer melhor os personagens. O final, aprovado pelo escritor, Ă© bem fraquinho.

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