Depois que o seriado original acabou, ser fã do He-man se tornou algo bem complicado. Tantos remakes, tantas versões diferentes ... Minha infância não corre risco de vida, neste caso ela está anestesiada. Eu encarei o He-man de calça jeans, eu encaro qualquer coisa agora. Essa nova série animada é um novo conceito, personagens clássicos com outra aparência e idade (o Mentor é um adolescente e o Gorpo é um robô), outra história, outras origens, outro universo. Você tem que se jogar de cabeça, é perda de tempo ficar fazendo comparações. A trama rouba um pouco do segundo remake e das HQs, temos a origem do Esqueleto e descobrimos sua relação com o rei de Eternos (é, esse é o nome do planeta agora). Adam vive numa vila, bem longe do palácio real, e não faz ideia de que é o príncipe perdido. Uma jovem maga chamada Teela rouba a espada do poder e uma voz em sua cabeça (a feiticeira de Greyskull é apenas um espírito) lhe diz para entregar a espada para um campeão. Mesmo como He-man (ele é um garoto no corpo de um adulto), Adam sempre recebe a ajuda de seus amigos, e acaba aprendendo a compartilhar o poder de Greyskull. Logo, temos cinco sequências de transformação, é um porre. Esqueleto comanda a Maligna, o Mandíbula e o Homem Fera, na Montanha da Serpente e usa uma magia poderosíssima. As histórias são legais, puxam para o infantil na maior parte do tempo, gostei das animações 2D em raios, impactos e fumaças (deram um toque legal), só que demora um pouco pra gente se acostumar com o visual "bonequinho" dos personagens (e olha que os actions figures já existem). A temporada termina com pontas soltas mas ... eu não ficaria realmente chateado se a série morresse aqui mesmo. O seriado animado da She Ra (2018) tinha coração, o seriado digital do He-man parece ter saído de uma linha de montagem, é igual a muitos outros.
2 comentários:
Eles trouxeram alguma diversidade sexual nesse He-Man?
O Aríete agora é uma garota. A Teela e a Feiticeira têm a pele morena. LGBTs não vi nenhum.
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