23.9.21

CAMPEÕES DE BILHETERIA (parte 6)

 

O cinema europeu amadureceu nos anos 60, tinha sexo e política. A França fazia vários filmes por ano e a Itália descobriu o faroeste americano (feito na Itália). Não demorou para o leste europeu começar a sofrer com a censura. Em Hollywood, houve uma queda nas finanças porque atores e roteiristas exigiam uma parte do dinheiro quando um filme era vendido para a televisão, isso arrasou com os estúdios. Alguns se salvaram após serem adquiridos por multinacionais. A Fox lançou "Cleópatra" em 1962, uma produção bem azarada, atores ficaram doentes, o orçamento estourou várias vezes, Elizabeth Taylor exigiu 1 milhão para estrelar o filme (um recorde para a época) e vivia ameaçando deixar as filmagens por conta dos problemas. A Fox torrou 44 milhões, foi o filme mais caro da história. O estúdio só conseguiu recuperar o dinheiro por causa da bilheteria de "A noviça rebelde", o filme que bateu "... E o vento levou" na bilheteria mundial. Filmes caros se tornaram um risco, Walt Disney havia perdido dinheiro com "A bela adormecida" e agora estava fazendo animações mais simplórias enquanto investia boa parte de sua grana na construção de parques temáticos. Estava na hora de Hollywood investir no público jovem com filmes mais modestos, com temas reais, com sexo e violência. Mike Nichols se tornou o primeiro diretor a receber a quantia de 1 milhão pelo filme "A primeira noite de um homem". James Bond surgiu em 1962 e seus filmes levavam multidões aos cinemas. "Amor, sublime amor" recebeu 11 indicações ao Oscar (ganhou 10 prêmios) e Sidney Poitier se tornou o primeiro negro a levar um Oscar de melhor ator.

As maiores bilheterias da década foram: (1) "A guerra dos dálmatas", (2) "Mogli", (3) "A noviça rebelde", (4) "007 contra a chantagem atômica", (5) "007 contra Goldfinger", (6) "Doutor Jivago", (7) "Com 007 só se vive duas vezes", (8) "A primeira noite de um homem", (9) "Butch Cassidy", (10) "Mary Poppins".

Na próxima postagem (1970-1979), jovens diretores mudam a maneira do cinema de contar histórias e nascem os blockbusters de verão.

2 comentários:

Anônimo disse...

E amor, sublime, amor tá vindo com um remake aí, né?

Anônimo disse...

Acabei de perceber que eu assisti muitos poucos filmes dos anos 60...