Uau, o filme já tem cem anos. É a primeira vez, neste século, que eu vejo "O GABINETE DO DR CALIGARI" (1920). Em 2010 eu vi "A ilha do medo" (com o Leonardo DiCaprio) e nem notei as semelhanças, os dois filmes são super parecidos, até no final. Quando se fala do expressionismo alemão, esse filme aparece no topo das listas. É sonho, é metáfora, paredes, portas e janelas, tudo torto, nada faz sentido ... mas faz. Numa feira, entre carrosséis e atrações, encontramos a tenda do dr Caligari. O velho exibe um homem de 23 anos que está dormindo há 23 anos. Quando Cesare desperta, ele conta o futuro. Um rapaz na plateia pergunta quanto tempo de vida ele ainda tem, e Cesare diz: até o amanhecer. Naquela noite, o tal rapaz é morto por um serial killer que anda pela cidade. Seu melhor amigo resolve desvendar o crime, ele não acredita no sonâmbulo vidente do dr Caligari. E assim, o dr passa a ser o principal suspeito dos assassinatos. A reviravolta no final (são duas) é explicada bem devagar, assim, o público daquela época não fica confuso (leve em consideração que foi um novo modo de se contar uma história através do cinema). Mas qual é a desculpa do filme de 2010 que também explica o mistério como se a gente fosse criança? A cena da explicação é beeem longa, não deixa nada para a nossa imaginação, não deixa a gente pensar e criar teorias, assim não tem graça.
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