4.9.21

CAMPEÕES DE BILHETERIA (parte 2)


No auge do cinema mudo, surgiram os grandes estúdios e todo mundo estava interessado na vida íntima das celebridades. Quando o ator Douglas Fairbanks se casou com a atriz Mary Pickford, o evento foi chamado de "O casamento do século" (e durou 16 anos). Rodolfo Valentino era o galã favorito das mulheres, o "amante latino" (na verdade era italiano) teve casamentos complicados (sua homossexualidade nunca foi confirmada) e morreu jovem. Cem mil fãs foram ao seu funeral, algumas tentaram suicídio. O comediante Fatty Arbuckle foi acusado de estupro e assassinato, foi considerado inocente pelo tribunal mas não conseguiu retomar sua carreira. O cachorro Rin Tin Tin salvou a Warner Bros da falência e três estúdios se fundiram criando a MGM. O primeiro documentário surgiu em 1922. Os faroestes eram os favoritos do público nessa década, "O corcunda de Notre Dame" e "O fantasma da ópera" são dois terrores que se destacaram. "O cantor de jazz" (1927) foi o primeiro filme com diálogos (um marco na história, mas tem "black face"). Antes disso, a Warner já havia lançado um filme com efeitos sonoros e com música (Don Juan, 1926). A Fox lançou o primeiro noticiário com som (1927), a Disney lançou o Mickey Mouse, também com som, em 1928 (O vapor Willie) e muitas celebridades, com problemas de dicção (ou com um inglês ruim), se deram mal. Charlie Chaplin se recusaria a fazer filmes falados pelos próximos dez anos. A primeira cerimônia do Oscar aconteceu em 1929 e o vencedor foi o filme "Asas". Nas bilheterias (1920-1929) ele ficou em nono lugar, o filme mais visto foi "O grande desfile" (1925), um romance sobre um soldado que conhece uma moça na França antes de ser enviado para o front de batalha (foto). Filmes como "Os dez mandamentos" (1923) em quarto lugar, e "Ben-Hur" (1925) em terceiro lugar, vão ganhar remakes (com som) no futuro. "Melodias da Broadway" (1929) foi o primeiro musical, e ganhou o Oscar de melhor filme em 1930.

Na próxima postagem (1930-1939), a era dos musicais, o technicolor, a censura e o império da Disney.

5 comentários:

Frazec (vulgo Jean-Philipe Rameau) disse...

Estou adorando a viagem histórica...

Anônimo disse...

Engraçado como já convivemos com celebridades há décadas e até hoje tem gente doida desse jeito. As pessoas precisam aprender a lidar com seus relacionamentos parasociais urgentemente!

Raul disse...

Excelente Post!

Anônimo disse...

Asas é um filme com temática LGBTQIA+ ou não, na sua opinião? A moça é apenas uma forma de esconderem o romance?

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

Bom, não foi AQUELE beijo, mas não tem como ignorar os carinhos que os rapazes fazem um no outro durante toda a sequência, muito fofo.