Eita, que dificuldade para encontrar esse livro. Encontrei edições caindo aos pedaços, uma versão bem fina, para crianças, e uma nova com capa dura, mas bem cara. De repente, essa edição com 300 páginas apareceu na minha frente e o preço tava ótimo. Mas me incomodou muito ela fazer parte de uma série chamada "Histórias de amor", só me faltava essa, eles mudaram o final? Que nem a Disney fez? Não, ainda bem, tudo termina em tragédia mesmo. Só não posso dizer se o conto está completo, o livro caindo aos pedaços que vi num sebo parecia ter muito mais páginas. Eu também tava atrás de uma edição com o título original (Notre Dame de Paris), porque o corcunda não é o personagem principal, a história acompanha muitos personagens.
Dois personagens que eu não conhecia, o irmão mais novo do arcediago (não é juiz) Cláudio Frollo, sempre sem dinheiro e sempre bebendo; e o poeta que entra por acidente no Pátio dos milagres e que acaba se casando com Esmeralda, só para não ser enforcado. O cara não gosta da cigana, ele ama apenas a cabra dela (sim, a cabra Djali tá no livro, não é um pet de princesa). Esmeralda quer se manter pura até encontrar sua verdadeira família, mas é perdidamente apaixonada pelo capitão Febo (um desbocado, mentiroso e canalha). Quasímodo é surdo, ele gosta da cigana mas não tanto quanto Frollo, que é obcecado por ela. O livro não trata o corcunda muito bem (a festa dos loucos, o julgamento ...), em alguns momentos a crueldade ganha pinceladas de comédia, o livro foi escrito em 1831, são outros tempos. O português da tradução é um português bem antigo, cheio de palavras que a gente não usa mais.
Um comentário:
Terminei de ler esse livro no metrô, tive que me segurar pra não inundar o vagão. Depois chorei a prestação. Segundo livro de VH que eu li. Também derramei oceanos com Trabalhadores do mar. Ele mata da forma mais trágica as personagens que eu mais amo. Nem penso em ler Os miseráveis, coraçãozinho não vai aguentar.
Postar um comentário