Voltando para os Jogos Vorazes. Já estava me esquecendo de finalizar essa franquia, o terceiro filme não me deixou nada animado. O último capítulo começa dando uma de "O retorno de Jedi", os rebeldes planejam atacar a capital, mas a Katniss não vai pra guerra. Ela continua sendo a garota propaganda da rebelião, só precisa estar perto de câmeras para que seu rosto seja exibido na telinha, inspirando o povo. Um surtado Peeta estará ao seu lado, pelo mesmo motivo, propaganda. Então, precisava mesmo dividir o terceiro livro em dois filmes? Um momento de calmaria antes da tempestade é sempre bem vindo, mas o filme desacelera várias vezes, os personagens precisam conversar no escuro. Se fosse um filme só, com apenas 1 conversa no escuro, nunca ficaria cansativo. Na segunda metade, o filme finalmente acorda, Katniss entra na capital pelo esgoto e é atacada por ... ah, resident evil? De onde vem esses mutantes? Desde o primeiro filme ninguém me explica nada. O filme segue legal até que ... tudo termina, tudo mesmo. A guerra? A captura do Snow? A gente não vê nada porque a Katniss é igual ao Harry Potter e o Percy Jackson, ela desmaia e perde tudo, e a gente também. Quando ela desperta, tudo acabou. Rola uma reviravolta sem necessidade, só deixa a trama mais exaustiva e não vemos o povo comemorando o fim da tirania (a gente nunca vê nada, apenas o ponto de vista da Katniss e, quando alguém explica algo pra ela, isso acontece em off). Bem, eu não li os livros, não tenho como preencher essas lacunas. O final, ai caramba, é de novela. Teria sido mais satisfatório um final, com uma festa, na vila dos ewoks (depois da Katniss explodir o Snow). É ... o segundo filme é realmente o melhor de todos, desse eu gostei. Depois disso, eu desmaiei ... perdi o final da guerra? Tudo bem, não fui o único.
Um comentário:
Eu gosto de como diferente das outras distopias adolescentes a tirania não acaba com uma pessoa fazendo tudo, mas com o povo se unindo enquanto a protagonista tá ocupada sendo uma publicitária. Apesar de anti climático, esse final é bem realista, na medida do possível. Revoluções se fazem com pessoas, não com protagonistas especiais.
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