31.8.21

CHP CULT


E aí, você assistiu o anime "O túmulo dos vagalumes" (por recomendação minha) e chorou baldes de lágrimas. Se for o caso, você pode não sobreviver ao filme "Gen pés descalços" de 1983. Baseado num mangá dos anos 1970, que foi baseado numa história real, o filme é bastante cultuado no Japão. E é um drama pesado, digo, muito pesado mesmo. Cenas fortes. Gen é um garoto que mora com a família na cidade de Hiroshima, estamos em 1945, e você já sentiu o drama. O Japão está em guerra, às vezes aviões americanos passam voando pelo local, ainda assim, a guerra parece estar bem distante dali. A família de Gen tenta levar a vida normalmente. Somos apresentados aos personagens e ao seu cotidiano. Após meia hora de filme, tudo muda. Uma bomba atômica atinge a cidade. As imagens são horríveis, adultos e crianças são vaporizados. Pessoas são queimadas vivas, a pele do corpo derrete, os globos oculares saltam para fora do crânio. De onde estava, Gen foi atingido pela onda de choque. Ele se levanta e corre para casa. Sua família morre queimada e a morte deles não é rápida, outra cena bem amarga de se ver. Gen acaba ficando sozinho, no meio das ruínas, com a mãe que está grávida. O bebê vai nascer em breve, o menino precisa encontrar água e comida. Ele ainda não sabe que foi afetado pela radiação. No meio da catástrofe, alguns momentos vão colocar um sorriso no seu rosto, mas mantenha sempre um lencinho por perto.

EUGEN BAUDER, LIDE COM ISSO




 

CHP REAGE


Lá vamos nós, uma hora eu teria que conferir essa franquia, eu gosto de musicais mas, às vezes, os adolescentes certinhos da Disney são certinhos demais ... High School Musical (2006) ganhou continuações, série de TV, clones, paródias ... foi lançado no Disney Channel e acabou conquistando o mundo. E o filme é assim mesmo, bem DC, bem certinho. Começa na noite de ano novo, Troy conhece Gabriella e os dois descobrem que gostam de cantar, e são bons nisso. Quando as aulas retornam, Gabriella é a aluna nova na escola, tentando esconder de todo mundo que é um gênio. Troy é o garoto mais popular, jogador de basquete, filho do treinador. Logo na primeira aula, a professora que está organizando um musical recolhe os celulares dos alunos e manda vários deles para o castigo. Aí, o sinal toca. É sério, a aula durou dois minutos, eu contei. Troy fica preocupado, se ficar de castigo perderá o treino de basquete. Nesse momento, conhecemos Sharpay (tipo o cachorro??) e seu irmão (gay) Ryan, a senhorita popular (uma plástica no nariz a tornaria mais crível) quer ser a protagonista do musical. Troy vai para o treino de basquete (hein???) e canta uma música, a coreografia é zero. O rapaz consegue fugir dos olhares dos amigos e faz um teste para o musical, com Gabriella, após o castigo. A química entre os dois é tipo "garota + amigo gay".


No dia seguinte, todo mundo já está sabendo do teste de Troy e aí descobrimos que o filme é uma distopia. Atletas são atletas, nerds são nerds, emos são emos, hobbits são hobbits, ninguém pode ser duas coisas, o pensamento livre de Troy é uma má influência (pfff). Sharpay resolve soltar seu veneno, mas não faz nada. São os atletas e os nerds que acabam se juntando e elaborando um plano para separar Troy e Gabriella, e eles conseguem. Tristonha, Gabriella anda pela escola vazia cantando uma música de princesa Disney. Os dois grupos tentam consertar a situação, o filme vira Dawson's creek e o casal faz as pazes. Troy conversa com o pai mais uma vez e o filme perde outra oportunidade de mostrar uma conversa séria entre pai e filho, do tipo como, talvez, o pai esteja vivendo seu sonho através do filho sem levar em consideração se o filho realmente quer ... opa, ele tá sem camisa, esse é o Zéquinha que eu conheço. Sharpay finalmente aparece com um plano para atrapalhar a audição do casal e a turma toda se reúne para ajudar Troy e Gabriella. Mas hey, é Disney Channel, vilões não podem ser vilões, isso não é "Meninas malvadas". No final, Sharpay (até então esquecida pelo filme) aparece do nada, toda sorridente, admitindo a derrota e canta e dança ao lado de todo mundo (ah, fala sério), e o que é aquilo que o irmão dela está vestindo? (argh, meus olhos). Não rola nem mesmo um beijo entre Gabi e seu homoamigo no final, foi um filme certinho demais para o meu gosto. Digo, eu poderia ter dez anos de idade e ainda assim acharia o filme certinho demais, caramba, eu já via filmes do Freddy Krueger com essa idade.

CAMPEÕES DE BILHETERIA (parte 1)


Nova série de postagens no CHP, os filmes de maior bilheteria, a cada década, desde 1895, e um pouquinho de história também. Tecnicamente, o "cinema" nasceu em 1865, os irmãos Hyatt trabalhavam com imagens fotográficas, elas poderiam ser impresas em fitas transparentes de celuloide. O processo foi aprimorado em 1888 por Hannibal Goodwin e depois pela Kodak no ano seguinte. Em 1891, Thomas Edson criou o cinetoscópio a partir dessas idéias. Em 1895 os irmãos Lumière fizeram uma demonstração do Cinématographe. O invento não chamou muita atenção no começo, mas o filme "Chegada de um trem à estação" assustou muita gente, o público achou que o trem iria sair da tela. Não demorou muito, haviam milhares de pessoas fazendo fila, todos os dias, no "cinema" dos irmãos. Na feira mundial de Paris, em 1900, um milhão e meio de pessoas viram o cinématographe. Os filmes, então, começaram a contar histórias, em 1902 Georges Méliès lançou "Viagem à Lua", um filme cheio de efeitos especiais criados por ele. Em 1905 surgiu o primeiro Nickelodeon (salas de cinema nos Estados Unidos). Em 1908, Florence Lawrence se torna a primeira celebridade do cinema, surgem os créditos (1911), Hollywoodland se torna Hollywood (1913) e em 1914, em Nova York, surge um cinema com capacidade para 3300 lugares. Em 1915, o filme "O nascimento de uma nação" estreia com 180 minutos de duração. Com 49 segundos de duração, "A saída da fábrica Lumière" (foto) foi o "filme" com a maior bilheteria dessa época, porque, a) a atração era uma novidade, e b) só havia um lugar no mundo onde o filme poderia ser visto. Esse curta (tá no YouTube) deixou "Viagem à Lua" em quarto lugar, e "O nascimento de uma nação" em décimo.

Na próxima postagem (1920-1929), super celebridades (e escândalos), o nascimento dos grandes estúdios, os épicos, filmes de aventura e de terror, e, no final da década, o som.

30.8.21

FUCK YEAH, CHEYENNE JACKSON


 

PRIMEIRA IMPRESSÃO


Resident evil, bem vindo a Racoon city (2021)

 

JULIAN MORRIS, LIDE COM ISSO




Man in an Orange shirt (mini série, 2017)

 

Disney+ A ILHA DO TESOURO (1950)


Esse é o primeiro live action da Disney, até então o estúdio só fazia animações (ou filmes com animações). O D+ só vai alertar você a respeito das cenas com tabaco, a violência no filme é super moderada, o clima infantil que domina os live actions do estúdio começou aqui. Pena que o filme pisa na bola com o personagem principal, o Jim Hawkins de Bobby Driscoll não faz quase nada, só tem uma expressão no rosto, nos próximos filmes as crianças da Disney serão mais espertas e divertidas. O ator mirim gerou reclamações na época, todos os atores barra personagens são britânicos, o garoto era norte americano. Mas ninguém reclamou da  completa falta de mulheres no filme (só vemos figurantes), a mãe de Jim é a única mulher no livro, e no filme ela é apenas mencionada. Também cortaram uma parte do filme que seria animada (Long John Silver contaria a história de uma raposa chamada Reynard). Restou apenas um filme com um ritmo beeem lento, mesmo para uma aventura dos anos 1950, a Disney simplesmente esqueceu de colocar humor e magia na mistura.




FUCK YEAH, ANSEL ELGORT



O pintassilgo, 2019

 

netflix - prime video - NEON GENESIS EVANGELION, A HEXALOGIA


A história é bem confusa, mas a franquia a gente consegue colocar em ordem. Depois de conferir o seriado de 26 eps na Netflix, voce pula para o filme de 1997: "The end of evangelion". O filme substitui os dois últimos eps do seriado de 1995, o final é diferente, é cheio de coisas esquisitas, tem mais sacanagem, o desfecho é ridículo. Não curti. Ainda na Netflix, encontramos o segundo longa metragem: "Evangelion death (true)²" de 1998. Não sei por que esse filme existe. São os primeiros 24 eps do seriado de 1995 compactados, algumas subtramas estão ausentes e não sobra tempo para o Shinji ficar choramingando pelos cantos, rapaz, como aquilo é irritante.

Pulando para o Prime Video, temos o primeiro filme do Rebuild, uma nova versão do seriado de 1995 dividida em 4 filmes. O primeiro filme, "Evangelion 1.11 você (não) está sozinho", de 2007, não se afasta muito do seriado original. Alguns acontecimentos ocorrem em momentos diferentes, alguns personagens surgem antes de outros, e tem uma personagem nova no pedaço. O segundo filme, "Evangelion 2.22 você (não) pode avançar", de 2009, deixa aquele "homo romance" entre o Shinji e o Kaworu de lado. E como todos os filmes do Rebuild estão cheios de computação gráfica, ação e lutas empolgantes, Shinji se tornou um personagem menos chorão, ele tá mais agressivo. Legal, mas isso não dura. O terceiro filme, "Evangelion 3.33 você (não) pode refazer", de 2012, vira a franquia de cabeça para baixo. Do nada, sem nenhum aviso, avançamos 14 anos no futuro, nos afastamos completamente do seriado de TV. O que aconteceu nesse meio tempo? O filme não tem pressa nenhuma para explicar. O quarto e último filme, "Evangelion 3.0 + 1.01 a esperança", de 2021, é o mais longo de todos. A primeira metade do filme é bem tranquila, os personagens se preparam para a batalha final (enquanto o Shinji fica catatônico num canto por conta do trauma que sofreu no filme anterior, é impossível gostar desse personagem). Esse terceiro final é mais satisfatório que os outros, pena que muitos personagens, que eram realmente interessantes, acabam morrendo. Não existe uma sensação, verdadeira, de triunfo. Mas no fim das contas a quadrilogia do Rebuild valeu a pena, você pode se concentrar apenas nesses quatro filmes e deixar o restante de lado.

28.8.21

MIGUEL, NENHUM MOTIVO




DÊ UMA CHANCE PARA ...


Um dos primeiros filmes de Pedro Almodóvar, MAUS HÁBITOS (1983) é uma comédia de humor negro com muitas esquisitices. Temos uma cantora de cabaré cujo namorado teve uma overdose e morreu. Para fugir da polícia, ela se esconde num convento (familiar?), mas o convento das Redentoras Humilhadas é um lugar surreal. As freiras acreditam que vão estabelecer uma conexão mais forte com o divino através da humilhação. Marisa Paredes é a irmã Esterco, Carmen Maura é a irmã Perdida, e tem uma irmã Víbora e uma irmã Rato também, os nomes ajudam na humilhação. Uma das freiras tem um tigre de estimação por algum motivo, uma outra é apaixonada por um padre. A cantora chama a atenção da madre superiora que é lésbica, além de ser viciada em drogas. Por conta do conteúdo, o filme foi rejeitado em Cannes e no Festival de Veneza, foi massacrado por críticos terrivelmente católicos. Só conseguiu estrear nos cinemas brasileiros em 1999.

27.8.21

CONHEÇA A NESTFLIX.FUN


Filmes, seriados de tv, reality shows, curtas ... Você vai encontrar um catálogo gigantesco nessa plataforma, e são produções que você não vai ver em nenhum outro lugar porque ... elas não existem. Você já deve ter visto trailers ou cenas de filmes barra seriados que só existem na ficção, dentro de filmes ou de seriados. O trailer de "O beco de Satanás" no filme "Trovão tropical", a novela "Todos os meus circuitos" em "Futurama", o filme "Stab" dentro da franquia "Pânico", a série "Comichão e Coçadinha" dos Simpsons, ou o filme com gângsters "Angels with filthy souls", dentro do filme "Esqueceram de mim", muita gente acreditou que era um filme de verdade ... Todo esse material ganha um tratamento de streaming, com sinopse e fotos, não dá para assistir nada porque não são filmes completos ou seriados com várias temporadas, é apenas uma brincadeira. Nas sinopses eles mostram o gênero, o elenco, o tempo de duração, e de onde o conteúdo saiu, é bem realista.

26.8.21

CINEMA EM CASA

O Anselmo brincando com filtros.

Nos doguinhos não funciona muito bem. Os olhos se fecham, após um segundo, e depois não abrem mais.

O Selmo comprou placas escuras para o PS5 e depois colocou papel adesivo branco no meio ... agora temos um grande oreo ...

Antes de entrar no cinema, passamos por uma loja de brinquedos. A Saraiva não tem mais filmes e a loja de games fechou.
 
A Lua e Júpiter, não consegui colocar Saturno na foto, tava mais afastado e com pouco brilho.

Jogando o remake de God of War. Fazendo sexo com Afrodite e depois arrancando as unhas de Cronos no Tártaro, argh.

Camisas que não servem mais no Anselmo estão vindo parar no meu guarda roupas. Esta ele nunca usou.

Deixando a mitologia grega de lado e saltando pelos prédios de Nova York. Eu não gostei de uma cutscene desse jogo, esse povo que só conhece o Tom Holland não sabe como funciona o sentido de aranha.

JUSTIN HARTLEY, LIDE COM ISSO



 

netflix - NEON GENESIS EVANGELION (1995)


Encontrei o seriado de 1995 na Netflix, todos os 26 eps, sem cortes e com uma nova dublagem. Logo, tive que rever a coisa toda, eu perdi de ver o final na época (foi em 1999 ou 2000), e na íntegra temos um pouco mais de violência, muita muita nudez, e até um rápido homo romance. A trama se passa no distante ano de 2015, um cataclisma em 2000 deixou a humanidade à beira da extinção. Quinze anos depois, os humanos usam robôs gigantes chamados de EVA para se defenderem de monstros gigantes chamados de Anjos. O protagonista, um garoto bem sensível chamado Shinji, tem 14 anos e é selecionado para pilotar um EVA, a pedido do pai que o abandonou. A série revela seus segredos a conta gotas, mas deixa muitas pontas soltas porque os dois últimos eps dão uma de "Twin Peaks", são confusos, abandonam completamente a trama principal ... alguns fãs não curtiram. Ainda na Netflix, podemos ver o longa "The end of evangelion" de 1997, que substitui os dois (polêmicos) últimos eps da série original. Depois disso, a saga continua no Prime Video, com três filmes (2007, 2009 e 2012) que recontam a trama do seriado de 1995 trazendo algumas alterações, são os "Rebuilds". Um quarto filme, de 2021, acaba de chegar ao canal e ele traz uma conclusão definitiva para a saga.




25.8.21

DESCAIXANDO

A entrega atrasou um pouco, mas me mandaram um imeio avisando. Eu tava me devendo uma nova cópia de HIGHLANDER (1986) há algum tempo, na verdade, desde que comprei o maldito dvd com legendas insuportavelmente bugadas. Agora tenho o filme em agá dê, uma edição limitada da Obras Primas (0365 de 1000).
 
Luva reforçada, efeitos metálicos e em relevo, muito brilho.
 
Dentro da luva, uma caixinha de blu transparente e um livro com mais de trinta páginas. Não curti muito o poster com o Christopher Lambert tendo um orgasmo, ainda bem que tem outra opção de capa atrás.
 
A segunda capa traz uma espada, ficou lindão assim. E tem 3 cards no pacote, precisava colocar uma foto do vilão junto? Meh. Dentro da caixa, dois discos, o filme tá no blue e os extras estão no dvd. Tem um making of de 118 minutos, cenas deletadas e entrevistas com Christopher Lambert e com o diretor Russell Mulcahy.
 
No livro, making of, entrevistas, tudo sobre o diretor e os atores, e tem Queen também, simplesmente amo ouvir ''Who wants to live forever?". É ... faltou o vídeo clip nos extras.
 
Ganhei um chaveiro também.
 
Dentro da caixa grandona, dois posters de 40x60.
 
Não gostei muito deste aqui.
 
Esse tá legal.
 

Disney+ WHAT IF ...? ep 03


Tem um monte de personagem graúdo nesse episódio, mas o elenco de vozes traz apenas Samuel L Jackson, Jeremy Renner, Mark Ruffalo, Tom Hiddleston, Jaimie Alexander e Clark Gregg (e uma surpresa no final). O ep é a adaptação de uma HQ que expande o MCU, acompanhamos Nick Fury quando ele começa a recrutar os Vingadores. Estamos no filme "Homem de Ferro 2", Fury e Natasha estão conversando com Tony Stark e aí o herói cai mortinho. Alguém está matando todos os candidatos da iniciativa Vingadores, Fury manda a Viúva investigar o caso e ao mesmo tempo ela tenta encontrar e proteger Bruce Banner. O episódio revisita os primeiros filmes do MCU, até o "Hulk" do Edward Norton. Valeu pela nostalgia.




JAMIE DORNAN, NENHUM MOTIVO