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Esse título brasileiro é terrível, mas o povo precisa saber que se trata de um remake do filme de 1989 protagonizado pelo Patrick Swayze, que tem o mesmo título idiota. A primeira coisa que fazemos quando nos deparamos com o remake de um filme clássico e amado, é nos perguntar porquê esse remake existe e se ele é necessário. 

Surpresa! O filme de 1989 é o retrato de uma época. O povo só queria saber da pancadaria. Patrick Swayze apenas tava tirando proveito da moda dos brucutus como Charles Bronson, Stallone, Chuck Norris... Mas hoje a gente precisa também de uma boa história e de personagens com profundidade, e o remake mandou muito bem nesse quesito.

A nova versão traz a mesma trama, um cara (Jake Gyll-o só de cuecas) é contratado para ser o leão de chácara de um bar que vive sendo destruído por motoqueiros arruaceiros. Os bandidos têm um chefe, um rei do crime local, que está interessado no bar por algum motivo. O personagem principal costumava lutar profissionalmente, ele é meio famoso, mas agora vive no próprio carro, não vê sentido algum em sua vida, e acaba aceitando o emprego de segurança. E ele tem senso de humor, é um cara legal no fim das contas. 

O filme também dá destaque para os outros personagens, o bar local não é o único lugar no pedaço que sofre com os bandidos. Ou seja, o remake tem profundidade, a gente fica sabendo da vida e do passado dos coadjuvantes e se importa com eles. 

E o que dizer das sequências de luta bem coreografadas e das cenas alucinantes de ação lá no final? É o diretor Doug Liman, você pode confiar.

Isso tudo faz o filme de 1989 parecer meio vazio e sem cérebro. 

Por outro lado, o filme original tinha
Gary Hudson peladão. 
Ok, Conor McGregor na versão de 2024
também me agradou.

Ah, mas eu ainda gosto do filme de 1989. Como se fosse uma espécie de homenagem, o remake tem um vilão super estereotipado, um filhinho de papai, como se tivesse saído da década de 1980, achei ridículo e engraçado ao mesmo tempo.