DÊ UMA CHANCE PARA...

Olha só, Adam Sandler não é um cara que me faz rir, na verdade, ele nunca me fez rir. Sempre que pinta um filme do cara no pedaço, eu tenho que deixar meu "preconceito" de lado para poder curtir o filme. Ou, como no caso de Zohan, eu estava lá só para curtir o corpão do ator. Mas podemos notar que Sandler encontrou uma mina de ouro quando protagonizou "o paizão". Ele não era o personagem descaradamente cômico do filme, me fez esquecer do sofrível Billy Madison rapidinho. Este é Sandler que eu gosto, o cara normal, o azarado, o mundo está contra ele. Do ponto de vista do personagem, o filme não é exatamente uma comédia.

E aí chegamos em COMO SE FOSSE A PRIMEIRA VEZ. 

Qual Adam Sandler eu iria encontrar nesse filme? Não importa, eu queria apenas ver a Drew Barrymore.

Para a minha sorte, Adam faz o tipo normal. Drew perde a memória sempre que se levanta pela manhã e Sandler precisa reconquistar a moça todos os dias. Poderia ser mais um daqueles filmes politicamente incorretos dos irmãos Farrelly onde eles tiram sarro de algum tipo de doença barra deformidade, mas não é. O filme começa como uma comédia, mas não consegue se desviar do drama vivido pela personagem de Drew.

Aos poucos o filme vai perdendo a graça. Adam não sabe mais o que fazer e resolve revelar a dura verdade, e a família dela não aprova isso (Blake Clark e um mega bombado Sean Astin) mas, diga-se de passagem, eles não aguentam mais rever "o sexto sentido" todos os dias (e Drew fica chocada com o final do filme todas as vezes).

Sempre que possível, a comédia dá um jeito de subir até a superfície. O final é bonitinho, beeem longe do estilo Billy Madison.