7.11.23

💿 DÊ UMA CHANCE PARA ...


Filme alemão de 2003, uma mistura meio estranha de comédia com drama. Em ADEUS, LENIN!, uma mulher cria os dois filhos sozinha na Alemanha oriental. Estamos em 1989, ela faz parte do partido socialista e ajuda muitas pessoas. Mas quando vê o filho Alex (Daniel Brühl bem novinho) num protesto contra o muro, ela tem um ataque do coração e entra em coma. 
Ela desperta oito meses depois e o médico diz para os filhos que ela não pode ter fortes emoções. Então Alex resolve não contar o que aconteceu nos últimos oito meses. O muro foi derrubado, a Alemanha foi unificada, o socialismo acabou e o capitalismo veio com tudo. Alex trabalha vendendo parabólicas e sua irmã trabalha num Burger King.
Antes de tirar a mãe do hospital, o primeiro passo de Alex é recriar o velho quarto dela, comprar produtos da velha Alemanha nos supermercados e até, com a ajuda de um amigo, criar telejornais que façam sua mãe acreditar que nada mudou no país. 
Gosto do desfecho, ele é bem sutil e chega a ser tocante também. Um filme norte-americano costuma puxar para o dramalhão, ou para o pastelão, quando uma mentira do tipo bola de neve conduz uma trama inteira. 

2 comentários:

Anônimo disse...

Daniel Brühl um querido, fez tudo pela mãe, só achei que o filme poderia ter encerrado uns 20 minutos mais cedo, me pareceu que esticaram um tanto. a comédia não me pegou tanto e sim mais a parte do drama, mas bom filme.

Frazec (vulgo Jean-Philipe Rameau) disse...

Esse filme é lindo, simplesmente isso. Descobri Brühl com ele e foi muito bom. A história é boa, os atores são bons, a direção é boa!
É um filme para (re)ver. E a mistura de drama e comédia não é um problema: é a representação da cultura alemã - rir de si como remédio para aquilo de que não se pode rir, no fim das contas.
Em outras palavras, um filme sobre passagens, lutos, perdas irreparáveis e descobertas que impelem a prosseguir. Com cheiro de vida.