28.1.23

📺 Netflix - DAHMER (parte 2)

Ah, mas foi só eu falar, né? A tal da romantização. A segunda metade da minissérie muda o foco. Acompanhamos uma das vítimas de Dahmer desde o berço, é sério. O médico diz que o bebê é surdo, o garoto cresce, decide sair de casa e numa noite conhece Jeffrey. Fim da história. Nenhuma outra vítima do canibal tem uma história tão tocante a ponto de merecer ser contada em detalhes num episódio inteiro onde a vítima é o protagonista. Isso foi forçado e desrespeitoso. Mas os eps seguintes foram realmente interessantes, o foco mudou para outros personagens. A gente acompanha a vizinha de Dahmer, desde que ela começou a sentir o cheiro ruim no prédio. E depois, o pai de Dahmer, tentando ajudar o filho após sua prisão. Eu não sei como Evan Peters levou o Globo de Ouro por uma atuação tão bidimensional, Richard Jenkins (o pai) e Niecy Nash (a vizinha) são a melhor coisa na série, e eles estão incríveis. 

No eps finais, Jeffrey Dahmer se torna uma celebridade, recebe cartas de fãs na cadeia e vira personagem de HQ. Enquanto isso, o sofrimento das famílias das vítimas continua, porque muita gente (até estúdios de cinema) tenta ganhar um dinheirinho com a história que chocou o país. Os últimos eps são os melhores, mas o desfecho é bem fraco, tenta comover, tenta fazer o politicamente correto, tenta respeitar, mas faz isso de uma maneira bem amadora.




2 comentários:

Anônimo disse...

Quando você vai assistir Avatar ? (o desenho original , não aquele remake horrível em Live Action)

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

Avatar tá na minha lista, no momento estou vendo Gargulas.