26.1.23

📺 Netflix - DAHMER (parte 1)


Hum, eu não tava muito a fim de ver essa minissérie, lembro que pintou toda aquela polêmica com as famílias das vítimas, não seria correto romantizar suas mortes e a comunidade LGBT também tinha algumas reclamações. Ora, você pega Jeffrey Dahmer e o coloca como protagonista e, logo nos primeiros eps, a série dá a entender que até os remédios que sua mãe usou durante a gravidez servem como justificativa para o comportamento do serial killer, não dá cara, não podemos transformar Jeffrey Dahmer num tipo de anti herói. Com todas as tais justificativas, e é uma atrás da outra, a série já começou com o pé errado. Como se o cara merecesse um perdão da nossa parte. 
O primeiro ep se passa em 1991, começa com a vítima que conseguiu escapar e que levou a polícia até a casa de Jeffrey. Na delegacia, ele conta sua história, desde o início. Aí temos flashbacks nos eps seguintes, tudo fora de ordem, mas a gente não se perde. Essa minissérie do Ryan Murphy tá muito bem montada, só não dê muita atenção para o aviso de "violência extrema" e "sexo explícito", pelo menos, até a metade da temporada, a minissérie tá tão comportada quanto aquele filme de 2002 (onde temos Jeremy Renner como Dahmer) e eu acho que, se a série fosse mesmo assim tão violenta, acabaria mostrando o verdadeiro Dahmer para o público como deveria ser. Bem, faltam cinco eps pra mim, espero que deixem de lado o lance do anti herói, não quero nada disso de forçar uma empatia pelo cara porque ele não merece.

4 comentários:

Frazec (vulgo Jean-Philipe Rameau) disse...

Alessandro, não quero estragar sua experiência, mas comento a minha. Terminei de ver a série ontem e, no final das contas, achei-a razoável. Há um retorno à temática polêmica das razões que fazem de um ser humano um psicopata capaz de comer carne humana e um mesmo tom emocional o tempo todo (sombrio, nebuloso, apelando para o terror). Mas, ao final, o que a série apresenta são hipóteses sobre as origens e não me pareceu pretender que nenhuma delas seja convincente nem capaz de isentar o criminoso. Nem mesmo a homossexualidade de Dahmer, a partir de um certo momento, parece mais contar. O que se mostra, a meu ver, é o horror que pode vir de um ser humano cujas características permaneceram tão misteriosas, no plano individual, como, de certo modo, claras, no ponto de vista sociocultural. Enfim, tudo isso para dizer que, mesmo tendo dificuldades no início, achei interessante ter conseguido assistir até o fim. Então, se quer uma sugestão, vá também até o último episódio e depois diga o que achou.
P.S.: fiquei muito curioso quanto à interpretação do ator principal. Ele mostra o mesmo tom o tempo inteiro. Chega a ser entediante. Ainda assim, isso pode ter sido um feito, caso o indivíduo real fosse também assim (desconhecia detalhes dessas histórias escabrosas até ver essa série).

Anônimo disse...

Nunca entendi essa obsessão dos EUA, com Serial Killer já fizeram 2 filmes (que eu saiba) desse Dahmer e agora uma serie o jeito que eles idoladram serial Killer naquele país e bizarro

Anônimo disse...

Eu vi a série achei ok. Mas aquele cheiro de coisa podre no corredor da vizinha e ele comendo foi visceral. Mas fui dar uma olhada no Google sobre foto reais das vítimas me deu aversão a toda essa história que se foi romantizada caiu por terra. Não recomendo olhar.

Anônimo disse...

Melhor ver fresh.