13.1.23

📼 CHP CLASSIC


Um senhor épico de 1959. Uma produção caríssima, levaram cinco anos para criar mais de 300 sets num estúdio em Roma, nove meses de filmagens e mais de 15 mil figurantes. Até no Oscar BEN-HUR fez história, indicado para 12 prêmios, levou 11 estatuetas, um recorde. Oitenta e dois cavalos foram importados da Croácia e 40 mil toneladas de areia branca foram importadas do México. Gastaram outra fortuna no merchã do filme, lançaram brinquedos, perfumes e doces.

Na trama, vemos o reencontro de Judah Ben-hur (Charlton Heston) com seu amigo de infância Messala (Stephen Boyd). Por conta de uma pequena passagem no livro que, talvez, tenha um duplo sentido, o filme passa a ideia de que os dois tiveram um relacionamento romântico na adolescência. Os roteiristas apostaram nisso, o diretor também (temos looongas trocas de olhares), avisaram o Stephen Boyd mas não o Charlton Heston (o cara teria abandonado a produção). Também era preciso enganar a censura da época. 
Acontece um acidente no começo do filme e Judah é injustamente acusado de conspirar contra o exército romano. Ele perde tudo e vira um escravo. Aí acompanhamos sua jornada de volta para casa. Temos uma batalha naval impressionante e depois a famosa corrida das bigas, hoje é muito difícil imaginar como fizeram todas aquelas sequências incríveis sem o uso de computação gráfica. Ao retornar, Judah descobre que sua esposa foi enviada para o vale dos leprosos. 
Aí, pinta um novo personagem, Jesus, e o filme perde o rumo. O cara está vivendo seus últimos dias, ele será capturado pelos romanos e crucificado. Judah não tem mais o que fazer no filme além de ficar acompanhando essa passagem da bíblia de camarote. Eles mudaram o foco do filme, esse gizuis estragou tudo. Eu não sei como é feita essa transição no livro porque não li até o final, mas no filme é uma espécie de enxerto anti climático, deveriam ter se concentrado apenas na história da vingança de Judah. O cara se vingou? Ótimo. Agora, acendam as luzes. Foram três horas e meia de filme, quero ir pra casa.





4 comentários:

Rogério disse...

Uma correção: não foi a esposa; foram a mãe e irmã.

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

É verdade, faz tempo desde a última vez que revi o dvd ☺️

aécio sales disse...

desde quando Jesus é enxerto?

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

Não é o gizuis, é a história dele roubando o foco do filme, como um filme dentro de outro ... como o expurgo do Condado ...