11.10.16

DIGA ''NÃO'' ÀS DROGAS


O dia de hoje vai entrar para a História. Eu vi o pior filme de todos os tempos e sobrevivi. Digo, eu tive um mini avc, mas ainda consigo usar dois dedos ao mesmo tempo no teclado. Eu me lembro de ter lido sobre esse filme numa revista, o pior filme brasileiro que já foi feito, eles diziam. Meu primo tinha uma vídeo locadora, sem entender nada de cinema, e eu me lembro dele lamentando a compra do vhs de CINDERELA BAIANA (1998), ninguém tava alugando aquilo. Então hoje eu pensei: será que se trata daquele tipo de filme que é tão ruim, mas tão ruim, que chega a ser engraçado? Que nada. O filme é horrível. Péssimos atores, péssimo diretor, péssimo roteiro, é péssimo em tudo, tudo mesmo. Produção de fundo de quintal, a qualidade do som deixa a desejar, a gente perde alguns diálogos. A edição nem se fala. O filme é uma bagunça. Alguns cortes deixam a trama sem sentido algum. Muita coisa no filme não faz sentido.

Logo de cara, o título do filme aparece na tela como ''Cinderela Bahiana'' (isso tá certo?). Aí vemos uma menina pobre pedindo esmola na rua para caminhoneiros. Ela dança o tempo todo. Sua mãe está ao seu lado, tossindo o tempo todo. Ela procura uma curandeira que lhe diz para procurar um médico. A mulher ignora o conselho e morre de tosse. A menina dançarina e o pai deixam a casa e vão para Salvador. O pai arruma um emprego decente (hein?) e a menina cresce e vira a Carla Perez (que nunca usa sapatos). Quando ela começa a dançar em lugares públicos, pinta um povão, do nada, que começa a dançar com ela (e assim o filme consegue ultrapassar 60 minutos de duração). O povo diz que a moça é um anjo que veio do céu pra trazer alegria pra todo mundo.

Ela é descoberta por um agente, que é o vilão do filme, ganha sapatos e começa a fazer shows. Aí ela se sente cansada, desmaia nos braços do Alexandre Pires após um beijo e depois ele é espancado por dois caras (a sequência de luta é ridícula).

Se, em algum momento, essa trama fez algum sentido, ele se perdeu na edição, o filme é todo picotado. Cheio de furos e com falas absurdas (nesse ponto, ele gera alguma comédia, acidental). No final, a moça, vestida (se achando) de princesa, é cercada por crianças pobres e todo mundo começa a dançar o tchan, chega até um povo de helicóptero. 
É o fantasma da mãe dela que aparece ali na rua? (a mulher morreu e foi pro céu e ainda tapa buracos no asfalto da favela???). Eu comecei a pensar em suicídio.

Agora preciso fazer alguma coisa para salvar o que resta do meu cérebro. Acabo de testemunhar uma das mais terríveis crueldades da qual a raça humana é capaz. Nota: dez tomates? Achei pouco.







4 comentários:

Gilberto disse...

Alexandro vc é corajoso mesmo heim, me considero viciado em filme, mas eu tenho limites, tem determinados filmes que eu fujo mais que o capeta da cruz,não vejo nem sobre tortura, filme da Carla Peres? Não nessa encarnação!

Anônimo disse...

Agora tem que ver o do Frank Aguiar, do Tonico e Tinoco, do Daniel.... poxa se assistiu esse o resto merece também kkkk


Mas nem tudo é ruim, a chamada dela pra Netflix é magnífica. Rolo de rir do texto do mini-vídeo.

Fernando F. disse...

Hahahahahahahahahah
Filme da vida! O discurso dela no final é melhor que o do Charlie Chaplin no final do "o grande ditador"

Gerson Luis Menna Barreto Filho disse...

Quer dizer que quanto mais tomates tem o filme,pio ele é?Me sinto saindo da matrix