13.12.08

"AQUELE CARA DO PLANTÃO MÉDICO"

O nome do filme era LIMITE VERTICAL, acho que o Chris o'donnell estava indo salvar seu irmão em uma montanha coberta pela neve, o ano era 2001 , na fila do cinema , no shopping santa cruz- sp, havia um carinha interessante que estava olhando pra mim, na escala ele era um nota 6, e nesse dia , com uma camisa nova, eu estava me sentindo um nota 8.5 , portanto resolvi fazer caridade e retribuí os olhares que acompanharam sorrisos em seguida, lå dentro eu fui comprar minha pipoca e quando entrei na sala fui direto para o centro geogråfico das poltronas como sempre faço, ele estava em outro lugar e veio até mim, sentado ao meu lado conversamos um pouco , vou chamå-lo de BOLINHA e durante o filme ele não ficou quieto por mais de 3 minutos

-Esse Ă© o Chris o'donnell
-Sim eu sei
-Ele foi o robin em dois filmes do bĂĄtima
-Hum hum
-Eu prefiro vĂȘ-lo com o Val Kilmer do que com aquele cara do plantĂŁo mĂ©dico

Sem noção alguma do perigo ele meteu a mĂŁo na minha pipoca, NINGUÉM COME DA MINHA PIPOCA NO CINEMA!, COMPRE UMA SE QUISER! mas eu deixei passar, e mais tarde estĂĄvamos em seu apartamento, na cama minha mĂŁo percorreu seu corpo atĂ© chegar aos seus testĂ­culos, ou pelo menos eu imaginei que iria encontrĂĄ-los lĂĄ, bem lĂĄ estavam eles , no mesmo tamanho que deviam ter no dia em que Bolinha nasceu, uma corrente gĂ©lida correu pela minha espinha, era como acariciar um daqueles tumores com cabelos, nĂŁo era nem de longe uma perna de seu irmĂŁo gĂȘmeo consumido por ele ainda no Ăștero mas esses micro testĂ­culos eram estranhos demais para mim


Fazer papai e mamĂŁe era impossĂ­vel , frango assado nem pensar, eu nĂŁo podia vĂȘ-los novamente, virei Bolinha de barriga para baixo, problema resolvido, certo? nem de longe! deitar em cima dele estava fora de cogitação, a ideia de tocar naquilo era repulsiva, mas se MEG RYAN jĂĄ me ensinou alguma coisa Ă© COMO FINGIR UM ORGASMO, era a Ășnica maneira de ir atĂ© o final e cair fora, depois de uns gemidos convincentes levei a camisinha atĂ© o banheiro para me livrar dela, caso contrĂĄrio Bolinha teria notado que a mesma estava vazia, me deu seu telefone e fui embora de lĂĄ


Pouco tempo depois , ainda em 2001, encontrei Bolinha no cinema de novo, eu estava já sentado para ver TODO MUNDO EM PÂNICO quando ele entrou acompanhado por um cara lindão, me viu com certeza, sentaram a algumas fileiras a frente, e de repente o bonitão virou o pescoço pra me ver, PRONTO , Bolinha com certeza falou de mim e deve ter falado mal já que nunca liguei pra ele, mas o rapaz virou o pescoço varias vezes pra me ver, uma não era o bastante? quer ver o cafajeste que se aproveita dos outros transa e vai embora? então pague ingresso!
O rapaz se levantou depois de um tempo e saiu, deve ter passado mal, sei lĂĄ, Bolinha ficou ali sozinho, ATÉ O FINAL DO FILME, o cara nĂŁo voltou! o que serĂĄ que houve?, bom nĂŁo Ă© da minha conta , entĂŁo saĂ­ do cinema apĂłs o final do filme


Ainda andando pelo shopping, encontrei o rapaz dentro da livraria, ou melhor, ele me encontrou, estava querendo ficar comigo! havia dito ao Bolinha que ia ao banheiro e esperou até que eu saísse do cinema pra me seguir, "pobre Bolinha" pensei, ele não merecia isso e eu não iria ficar com um cara que faz esse tipo de coisa com alguém, essa é a primeira vez que conto essa história pra alguém pois nunca quis ser taxado de superficial , é verdade que aqueles testículos me incomodaram bastante mas seria um bom motivo pra rejeitar alguém? o fato de Bolinha ser um pé no saco como pessoa me fez sentir menos mal, hoje eu o encontrei enquanto andava de bicicleta ao nascer do sol, o que ele veio fazer em minha cidade eu não sei, eu o reconheci em um carro que passava, espero que ele esteja OK


7 comentĂĄrios:

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

Longe de mim querer ofender os leitores do blog que possuem micro testiculos, deve haver alguém por aí que goste de pessoas assim, é só que essa não é a minha praia não

Serginho Tavares disse...

ai... nem a minha meu amigo. nem a minha.

natvodk disse...

mto menos a minha, mas meu caro, num mundo tão complexo como o que vivemos, um pougo de "frugalidade" é preciso... não hå pq qrer achar motivos para não gostar(ser indiferente) de alguém, acho mais importante motivos para gostar ;)
Adorei o post (duh novidade, sempre gosto)!

AnĂŽnimo disse...

Ale e pessoas, boa-noite!

Então, estou te estranhando, moco. Nas nossas conversas via msn, o senhor me pareceu bem reservado, e agora leio esse conto saido de quadro de salvador dali, por acaso??? Espero que esteja indo bem! Abraços e ateh ao show da Madonna!

Boa semana.

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

oi marcos
reservado eu?

AnĂŽnimo disse...

Estou brincando, AlĂȘ!
Acho sua criatividade o must!
Parabens, alguns dos contos sao memoraveis!
Por acaso, vc estudou psicologia???
Abracos.

Unknown disse...

Omg, nunca ri tanto na minha vida.

Fui lendo, fui lendo, aĂ­ de repente vc diz "era como acariciar um daqueles tumores com cabelos".
Meu Deus, ri tanto que até minha cachorra ficou com medo e latiu pra mim.

Nunca peguei num tumor com cabelos, mas a analogia parece boa. Vou prestar atenção da próxima vez que eu vir testículos. o.O

Abraço e parabéns pelo blog.