Documentário de 2023 dividido em 4 partes. O antigo Egito sempre foi um hobby meu, tenho uma biblioteca farta, revistas, docs em dvd e em vhs (que bom que ficaram na memória), estatuetas etc. Eu já esperava que esse doc da Netflix fosse 100% previsível pra mim, não tem nada novo ali, é a história que eu já conheço muito bem.
Sem tem uma novidade aqui, é aquela que está aborrecendo meio mundo, gerando processos contra o streaming até no Egito, temos uma atriz negra no papel de Cleópatra. O documentário já começa se defendendo barra explicando, os Ptolomeus (gregos barra macedônios, descendentes de um general de Alexandre o grande) já governam o Egito há uns 200 anos. Nesse meio tempo, nada impede que um Ptolomeu tenha se casado com uma mulher egípcia. Podemos chegar no pai de Cleópatra e encontrar um descendente de gregos que agora tem uma pele mais escura. Também deve se levar em consideração que não sabemos nada sobre a mãe de Cleópatra, nada. Então ... sim, existe sim a possibilidade de Cleópatra ter sido uma mulher de pele dourada. É meio vergonhoso o doc achar que precisa gastar longos minutos tentando justificar a escolha do elenco, estamos regredindo numa velocidade alarmante, estamos em 2023, não em 1923.
Historiadores narram boa parte da novelinha com os atores, reconheci uma egiptóloga que vi no YouTube certa vez, reagindo ao filme "A múmia" (1999). Acompanhamos toda a vida de Cleópatra (alguns detalhes realmente interessantes, e até necessários, ficaram de fora), seu relacionamento com Júlio César e depois com Marco Antônio (tesão!) e a guerra contra Roma. Eu teria curtido um pouco mais se fosse uma minissérie e não um doc. Já vi docs demais.
4 comentários:
Também me preocupo muito com isso de estarmos regredindo demais. Tem muita gente ruim influenciando massas.
Mas sobre documentário ou série „inspirada“ em fatos, sei não. Acabei de ver „Self Made“ na Netflix e quando pesquisei os fatos virei o olho, como sempre. Mas a homenagem à mulher é válida, e o elenco excelente!
O grande mal do momento é atribuir o pensamento do outro a algum comando (quando está do lado oposto). As pessoas tem o direito de pensar como quiserem, mesmo que seja diferente do que o outro pensa. Isso também faz parte da diversidade e da democracia.
O problema do mundo atual é a polarização: dois extremos radicais, ditadores de regras e com uma democracia própria. Duas bolhas que aprisionam militâncias arrogantes e prepotentes, difíceis de transpor, de tão herméticas.
Essa vertente que quer recontar histórias, mudam a cor/raça dos personagens, é acéfala e não contribui para nenhuma conciliação. Aliás, apagar a história é deixar as próximas gerações sem aprendizado.
Novos personagens e novas histórias sim, significariam uma mudança de atitude. Que tal todos juntos buscando um mundo melhor?
Alguns dias eu assisti ao filme o Auto da compadecida e fiquei pensando que se o filme fosse feito hoje em dia com os mesmo atores iria acontece o mesmo, devido ao ator que fez Jesus, naquela época se alguém chegou a reclamar eu não sei, mas como hoje devido nada que o estúdio estaria sendo processado também.
É super pertinente universalizar a figura de Deus em diversas formas e etnias. Cleópatra não representa a humanidade.
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