Em 2003 eu tinha um namorado. Eu estava no apê dele quando uma amiga apareceu trazendo uma cadelinha, ela queria filhotes com o doguinho do meu namorado. Havia um problema, cachorrinhos salsichas precisam de ajuda na hora do sexo, é preciso apontar o pênis do cachorro para a direção certa. Eu achei aquilo nojento, fiquei com pena da fêmea, não queria ver aquilo, fui pro quarto e fiquei lá.
Anos depois, eu estava solteiro quando um amigo telefonou e perguntou se eu queria fazer sexo a três. Eu já contei essa história aqui, ela não terminou bem, mas eu deixei o recheio de fora. Eu não conhecia ainda o namorado do meu amigo, aí descobri na hora que ele era alto, bonito, e tinha uma barriguinha. E ele também era 100% ativo, meu amigo estava chateado, resumindo, aquela relação precisava de mais uma bunda, e é aí que eu entro, não literalmente.
Tava indo tudo bem na nossa primeira vez, até que vi meu amigo pegando a barriga do namorado e levantando ela com as mãos, pra facilitar barra visualizar melhor a penetração. Não sei, até hoje, de onde isso veio, meu cérebro, naquela hora, me levou de volta para 2003, quando meu namorado estava tentando fazer dois cachorrinhos cruzarem. Eu me senti a própria cadela naquele momento e aquilo foi super broxante. No fim, os dois foram tomar banho juntos e me deixaram na mão, literalmente, ali na cama. Eu estava me sentindo humilhado e só queria ir embora.
No fim de semana seguinte, meu amigo me ligou novamente. Além de me convidar, perguntou que tipo de filme pornô eu curtia. Hein? Ah, eu disse, qualquer um, sei lá. Quando chegay lá, havia um filme pornô sendo exibido na tv do quarto. Nem dei bola. Ninguém fez sexo oral em mim, não me queriam como ativo, meu pênis foi ignorado, eles tomaram banho, eu fui embora.
Na terceira e última vez, me ofereceram um tal de poppers. Até hoje, não sei o que é isso e o que isso faz. Chegando agora no blog? Esse sou eu: desde sempre, meu corpo é um templo (sim, é aberto pra todo mundo), nunca bebi uma gota de álcool, não fico perto de fumantes, acho o cheiro da maconha nojento e o da nicotina me dá dor de cabeça instantaneamente. Drogas lícitas ou ilícitas, tô fora, sou o cara mais careta do planeta e não me importo.
Nesse momento, meu cérebro juntou as peças. Eles estavam pensando que eu não estava curtindo o sexo e queriam fazer alguma coisa por mim. Mas, segundo as regras do casal, o que eu queria fazer, eles não faziam (nunca faça sexo a três com um casal, eles são cheios de regras). Fiquei sozinho no quarto mais uma vez no final. Hora de meditar. Acho que eu deveria apontar meu pênis na direção certa. À minha direita, vi os dois no chuveiro, abraçados, se beijando. À esquerda, a porta do quarto. Pra mim chega, que o último a sair apague as luzes.
4 comentários:
Também odeio drogas e álcool. As vezes acho até difícil achar um date gay que não envolva as duas coisas. Me sinto um alien sabe? As vezes me sinto mal sendo sincero. :( Ale como você faz para reagir bem a situações dessas?
Eu não saio muito de casa, não à noite, nunca me condenaram pelo meu jeito, apenas digo não, no meio gay me olham torto por ser ateu ou por não ter celular e redes sociais, essas coisas foram um obstáculo e tanto em sites de namoro.
Descobri o que era poppers de uma maneira bem estranha. Tava pegando um cara de quatro e senti um cheiro tipo amoníaco, formol, algo químico. Achei estranho mas não comentei, como estava no motel, achei que sei lá, tavam limpando o corredor dos funcionários com algum produto de cheiro forte. Daí escuto o cara falar “droga, derramou tudo” e eu perguntei o que era e ele mostrou o vidrinho de poppers. Como também sou careta perguntei se ele tava se drogando e ele disse que mais ou menos. Que não era bem uma droga mas que dava um barato rápido e dilatava o anus, o que facilitava a penetração. Como tínhamos parado, voltamos a posição e mandei ele cheirar o lençol molhado enquanto eu continuava, hahaha
Teve um cara que cheirou essa coisa enquanto tava dando pra mim, não sei desse papo de dilatação, só sei que ele se sentiu satisfeito depois de cheirar e me pediu pra parar.
Postar um comentário