O trailer faz a gente pensar naquele filmão, mas o trailer não te conta que boa parte dos intermináveis 130 minutos é um tédio só, nada acontece, não há diálogos, e o filme é escuro demais para se ver em qualquer dispositivo durante o dia. O conto de sir Gawain contra o cavaleiro verde pode ser resumido em uma ou duas páginas, não tem muita coisa ali, realmente. E o filme resolveu esticar essa trama até ela arrebentar, o que ele gosta de fazer é ser esquisito e não dar explicações. Sessenta minutos de filme e você ainda não sabe para onde vamos e nem o por quê. Também não espere por cenas de ação, o filme todo é bem paradão.
O tal cavaleiro verde é uma árvore do tipo Groot, ele entra na corte do rei Arthur, no dia de natal, e faz um desafio. Ele quer que alguém corte sua cabeça. Um ano depois, essa pessoa deve ir até a capela verde para receber o mesmo golpe do cavaleiro verde (ele é uma árvore, ele não morre ao ser decapitado). Gawain (Dev Patel) é sobrinho do rei, ele corta a cabeça do cavaleiro verde e fica famoso por conta disso. O cara é um herói por causa do boca a boca do povo, na verdade ele é um bananão covarde que nunca fez nada heróico.
Ainda assim, um ano depois, ele parte até a capela verde para ser decapitado. Pelo caminho, vive algumas pequenas aventuras, a moça sem cabeça, a raposa, os gigantes, o filme não vai explicar nada. Nem o beijo gay. Temos uma produção caprichada e um universo fantástico, mas o roteiro, e o diretor, não souberam tirar proveito de tudo isso. Ok, o filme tá carregado de simbolismos e de momentos de reflexão, ele passa sua mensagem de uma maneira bem sútil, mas o ritmo arrastado incomoda bastante.
Um comentário:
Se fosse um curta seria muito mais interessante. Arrastado demais. Um passeio por paisagens bonitas
Feijon
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