16.7.24

1️⃣0️⃣ FILMES DE... FICÇÃO CIENTÍFICA (anos 50, 60 e 70)

Sim, tem que ter "Guerra nas estrelas" na lista, o filme que mudou o modo de se fazer cinema, provando que filmes podem ser divertidos. A década de 70 trazia muita violência urbana e dramas familiares, pois o cinema-realidade estava na moda. O filme de George Lucas conquistou as crianças e os adolescentes. Os críticos, adultos e caretas, não entendiam o filme. Metade ficção, metade fantasia medieval e com uns toques de Kurosawa, o filme se tornou a maior bilheteria da história. Apesar de ter me apaixonado, só me tornei fã de carteirinha da franquia quando vi "O império contra ataca".


Aposta arriscada de Ridley Scott porque colocava uma mulher como protagonista num filme de ação barra terror. A Fox queria outro "Guerra nas estrelas" para ontem e desta vez não deixaria um diretor ficar com a grana toda. "Alien, o oitavo passageiro" é uma pequena obra de arte, o filme fez muita gente vomitar dentro do cinema, é um suspense nota dez. Eu fiquei tão orgulhoso de mim mesmo quando finalmente reuni coragem para ver o filme até o final. Esquece a porra do gato, vai embora daí, eu gritava. Respirei aliviado quando tudo acabou. Mas o alien tava escondido na nave de fuga, foi o maior susto da minha infância. 


Outro marco da ficção científica, e um filme memorável, é o "Planeta dos macacos". Quando cresci comecei a enxergar as mensagens ocultas no filme. Antes disso, alugay o vhs e descobri porque certas partes não faziam muito sentido quando o filme era exibido na TV. A televisão aberta cortava muita coisa, principalmente no começo. Descobri que o Charlton Heston não era o único astronauta, haviam outros. Não me lembro mais da minha reação com aquele final que marcou época. O filme foi baseado num livro que é pura comédia, os dois são completamente diferentes. 


"2001, uma odisseia no espaço" foi o meu primeiro filme favorito. Eu já tinha visto "ET" e "Contatos imediatos", mas via o filme de Stanley Kubrick como um épico. O modo como a história começa e como ela termina, os segredos, a longa duração de certas cenas só porque elas são lindas de se ver e o silêncio espacial. Todos os efeitos especiais eram novidades. O livro e o filme foram escritos ao mesmo tempo, e o livro explica praticamente tudo, até o final. Isso é bom e também é ruim, mas eu não me canso desse livro, comprei uma nova edição recentemente. 


Classicão do Steven Spielberg, hoje eu só vejo "Contatos imediatos do terceiro grau" na versão estendida. O estúdio estava com um pé atrás, "Guerra nas estrelas" havia feito um sucesso absurdo há alguns meses, será que as pessoas topariam ver outro filme de ficção? "CIDTG" fez bonito nas bilheterias, nada de guerra, nada de invasão alienígena, o povo gostou da mensagem positiva do filme. 



Em "O dia em que a Terra parou", a mensagem é tudo. Um disco voador chega e um alienígena aparece, ele tem uma importante mensagem para a raça humana (ainda bastante atual). Ele quer conversar com os líderes políticos. Mas, desde o início, os humanos reagem com desconfiança e violência. No final o alienígena cumpre sua missão, só que de uma maneira diferente do planejado. Fuja do remake com o Keanu Reeves, eles estragaram a história original para enfiar ação no meio, um sacrilégio. 



"O buraco negro" tá na lista porque é divertido e porque poucos filmes falavam sobre buracos negros. Quando assinei o D+, foi a primeira coisa que eu assisti, tava com saudades do filme. Essa foi a primeira vez que a Disney brincou com computação gráfica (ou, o equivalente a isso em 1979). Acima de tudo, o estúdio queria ter seu próprio "Guerra nas estrelas", porém, não consegui um grande sucesso de bilheteria. 



Eu amo "Viagem fantástica". James Cameron tentou fazer um remake nos anos 90 e o projeto nunca decolou. O filme ganhou um Oscar pelos efeitos especiais, alguns deles eu nem consigo desvendar como foram feitos em 1966. Outra coisa inovadora é a cientista mulher que se junta aos cientistas homens nessa missão. Eles entram num submarino que depois é miniaturizado e inserido no corpo de um homem. A intenção é navegar até o cérebro e usar um laser para eliminar um câncer. 



Remake de "Vampiros de almas" (não tem vampiro nem alma no filme), "Invasores de corpos" tem a intenção de deixar você paranoico. Seres humanos estão sendo substituídos por cópias idênticas e o planeta está sendo conquistado aos poucos e em segredo. O que os heróis do filme podem fazer? O final, anti Hollywoodiano, é de dar medo.



"A mosca da cabeça branca" é levemente diferente de seu famoso remake dos anos 80. Um cientista cria uma máquina de teletransporte e não percebe que tem uma mosca ali dentro. Aí, temos um homem com cabeça, e um braço, de mosca e também, em algum lugar, uma mosca com uma cabeça humana. Narrado em flashbacks, uma mulher precisa explicar para o cunhado (Vincent Price) e para um detetive porque ela teve que matar o marido. Aqui temos outro final bem traumatizante.


OUTROS FILMES: Jornada nas estrelas o filme, Solaris, Eles vivem, O planeta proibido, Fuga do século 23, Planeta fantástico (animação), Guerra dos mundos, O incrível homem que encolheu, Godzilla, O ataque da mulher de 15 metros, Invasores de Marte, Zardoz, Colossus 1980, Westworld onde ninguém tem alma, Capricórnio Um, Os meninos do Brasil, Buck Rogers no século 25, Rollerball.

OUTROS FINAIS SURPREENDENTES: 1984, No ano de 2020, As esposas de Stepford.

3 comentários:

Raul disse...

Nossa! "Invasores de corpos" Assisti na sessão coruja… Ui!

Gilberto Abreu disse...

"Esquece a porra do gato, vai embora daí"
Que tipo de monstro é você?!
Mais respeito com o Jonesy, ele sobreviveu a um Alien

Anônimo disse...

A mosca me deixou traumatizado por anos