Sábado, oito e meia da manhã. Tenho que ir até a locadora e abrir as portas. Encontrei a Aletéia no meio do caminho, como sempre. O Alexandre já estava lá.
- Chegou cedo, se tivesse sua própria chave...
- Ahhh, isso não ajudaria muito...
Betty Blue também estava lá. Um mendigo que, vez ou outra, dorme na porta da locadora. Pela manhã, a gente tem que acordar o cara e pedir, gentilmente, para que saia dali. Ele usa um chapéu de cowboy, roupas esfarrapadas e a barba esconde boa parte de seu rosto. O cara não tem cheiro de rosas, e quando ele deixa o local, somos obrigados a jogar um balde de água na calçada. Em sua jaqueta podemos ver dois Bs. E foi assim que Aletéia o batizou de Betty Blue. Quando não está dormindo na praça, do outro lado da rua, está na porta da locadora.
Desta vez, Betty Blue estava de porre e não queria saber de papo. Ele não ia sair dali. Sacudia uma garrafa e dormia novamente. Téia perdeu a paciência:
- Acordaaaaaaa, vai embora daquiii!!! Ela gritou.
Ele acordou, olhou para ela e:
- Vai pro inferno menina.
O cara atirou a garrafa na nossa direção. Eu e o Alexandre já estávamos lá na esquina, a Téia quase não saiu do lugar. O vidro quebrado se espalhou pelo chão. Agora, Betty Blue estava desarmado. Teia contra atacou. Ela começou a gritar, chamando a atenção de todos na rua. O segurança, da farmácia ao lado, veio correndo.
Sobre o segurança da farmácia:
- Chegou cedo, se tivesse sua própria chave...
- Ahhh, isso não ajudaria muito...
Betty Blue também estava lá. Um mendigo que, vez ou outra, dorme na porta da locadora. Pela manhã, a gente tem que acordar o cara e pedir, gentilmente, para que saia dali. Ele usa um chapéu de cowboy, roupas esfarrapadas e a barba esconde boa parte de seu rosto. O cara não tem cheiro de rosas, e quando ele deixa o local, somos obrigados a jogar um balde de água na calçada. Em sua jaqueta podemos ver dois Bs. E foi assim que Aletéia o batizou de Betty Blue. Quando não está dormindo na praça, do outro lado da rua, está na porta da locadora.
Desta vez, Betty Blue estava de porre e não queria saber de papo. Ele não ia sair dali. Sacudia uma garrafa e dormia novamente. Téia perdeu a paciência:
- Acordaaaaaaa, vai embora daquiii!!! Ela gritou.
Ele acordou, olhou para ela e:
- Vai pro inferno menina.
Téia colocou sua mão direita no meio das pernas, segurando um pênis imaginário, e disse:
- Chupa meu pau, Cowboy.O cara atirou a garrafa na nossa direção. Eu e o Alexandre já estávamos lá na esquina, a Téia quase não saiu do lugar. O vidro quebrado se espalhou pelo chão. Agora, Betty Blue estava desarmado. Teia contra atacou. Ela começou a gritar, chamando a atenção de todos na rua. O segurança, da farmácia ao lado, veio correndo.
Sobre o segurança da farmácia:
Ele tinha uns 30 e poucos anos, entrou na locadora certa vez e ficou olhando para a estante de filmes eróticos gays. Usei meu clássico plano 9, que acabou dando certo até certo ponto (rolou uns amassos). Mas agora, ele estava lá para ajudar uma cof cof donzela em apuros.
Ele tirou o Betty Blue de lá e nós agradecemos, eu ganhei uma piscada.
No fim de semana seguinte, no domingo, eu e a Aletéia estávamos no cinema vendo um filme qualquer do Stallone. Na saída do cinema vimos o Betty Blue encostado num pilar. Seria ele mesmo? Tão longe de "casa"? A gente tinha que passar pelo cara para sair do cinema. Ficamos tanto tempo ali parados que perdemos a chance de usar as outras pessoas, que estavam deixando o cinema, como escudo. Mas o cara parecia estar dormindo. Começamos a andar bem devagar, sem fazer barulho. Ele continuava dormindo, e tinha outra garrafa de vidro na mão. Quando finalmente escapamos, Téia resolveu que não ia deixar barato.
- Chupa meu pau, Cowboy - ela gritou.
Betty Blue acordou, reconheceu a gente e jogou a garrafa. Desta vez Téia também saiu correndo, ele quase nos acertou. E voltou a dormir.
Segurei minha amiga pelo braço:
- Deixa quieto. Ele deve ser um andarilho. Na semana passada estava lá na locadora e agora está aqui no centro. Amanhã vai estar do outro lado da cidade. Nunca mais o veremos.
Continua em EU AINDA SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO SÁBADO PASSADO.
Ele tirou o Betty Blue de lá e nós agradecemos, eu ganhei uma piscada.
No fim de semana seguinte, no domingo, eu e a Aletéia estávamos no cinema vendo um filme qualquer do Stallone. Na saída do cinema vimos o Betty Blue encostado num pilar. Seria ele mesmo? Tão longe de "casa"? A gente tinha que passar pelo cara para sair do cinema. Ficamos tanto tempo ali parados que perdemos a chance de usar as outras pessoas, que estavam deixando o cinema, como escudo. Mas o cara parecia estar dormindo. Começamos a andar bem devagar, sem fazer barulho. Ele continuava dormindo, e tinha outra garrafa de vidro na mão. Quando finalmente escapamos, Téia resolveu que não ia deixar barato.
- Chupa meu pau, Cowboy - ela gritou.
Betty Blue acordou, reconheceu a gente e jogou a garrafa. Desta vez Téia também saiu correndo, ele quase nos acertou. E voltou a dormir.
Segurei minha amiga pelo braço:
- Deixa quieto. Ele deve ser um andarilho. Na semana passada estava lá na locadora e agora está aqui no centro. Amanhã vai estar do outro lado da cidade. Nunca mais o veremos.
Continua em EU AINDA SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO SÁBADO PASSADO.
Um comentário:
Deixando bem claro que:
este blog não é a favor de agressões contra mendigos.
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