Filme de 1966, o primeiro grande sucesso do diretor Michelangelo Antonioni. Chegou a ser indicado aos Oscars de direção e roteiro original. Pena que é um filme que não envelheceu bem. Lembra do Sean Connery distribuindo tapas nas mulheres nos primeiros filmes de James Bond? É bem por aí. Era comum na época, ninguém se importava, mas hoje fica difícil torcer por um protagonista tão cretino. O personagem vivido por David Hemmings é um fotógrafo famoso, toda modelo quer ser fotografada por ele e ele as trata como lixo.
Um dia, ele tira fotos de um casal num parque, sem permissão. A mulher corre na sua direção e implora pelos negativos. Ele acaba lhe entregando mais tarde outro rolo de filme. E quando finalmente fica sozinho, ele revela as fotos e vê uma terceira pessoa escondida, com uma arma, e em outra foto um cadáver no chão.
Pouca coisa acontece durante o filme, a sinopse acima te leva para além da primeira metade dele, não dá pra evitar isso. Outro ponto que não envelheceu bem é o simbolismo representado no filme. A história do parque não é a história principal, a história principal... meio que não existe. E se você não sabe qual era o clima da Inglaterra na década de 1960, vai ser difícil resgatar uma mensagem ou entender os simbolismos do filme, ele está preso em sua própria época. Ele termina sem respostas, com dois mímicos jogando tênis, sem bola nem raquetes. Não é complexo como "A doce vida" (1960), mas tem o mesmo estilo.
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