Publicado em 1812 na Alemanha. Uma rainha má planeja matar uma menina de sete anos chamada Branca de Neve (Neve Branca se preferir), porque a menina é mais bela que ela. Branca consegue escapar e encontra sete anões na floresta, ela começa a viver com eles e eles a protegem. A rainha descobre que a menina ainda está viva, através de um espelho mágico, e coloca um disfarce. Ela oferece uma maçã envenenada e a menina morre.
Um príncipe passa por ali, vê a menina e se apaixona por sua beleza. Decide então levá-la até o seu castelo (como item decorativo?). Nesse momento um pedaço da maçã cai de sua boca e ela desperta. Os dois se casam e a rainha má é presa e executada.
O povo reclama, mas caramba, a Disney fez bonito. A rainha tem poderes mágicos, ela é alquimista, o feitiço tem regras que fazem sentido, os anões têm nomes, a personagem principal conhece o príncipe logo no começo da história e no final ele abre o caixão de vidro para lhe dar um beijo de despedida. Branca agora é uma mocinha de 14 anos (típica da década de 1930, então o casamento tá liberado). O conto ficou mais infantil porque as crianças do século 20 são diferentes das crianças do século 19.
Irmãos Grimm novamente, publicado no mesmo livro de contos que Branca de Neve. Em "O príncipe sapo", uma princesa perde uma jóia dentro de um poço. Um sapo promete recuperar a jóia se ela prometer ser sua amiga. A princesa pega a jóia e sai correndo. O sapo a segue até o castelo e o rei toma conhecimento da promessa. Ele obriga a filha a cumprir o juramento. Ela fica com raiva e atira o sapo contra a parede. Logo se arrepende e fica com pena dele. A pena dela quebra o feitiço e ele se transforma num príncipe.
Ah, eu vou te dizer, e sei que já disse isso várias vezes no blog desde 2009: quando a Tiana se transforma num sapo, o filme acaba pra mim, eu pulo direto pro final. Aquilo não fez sentido algum. A Charlotte beijou o mesmo sapo, várias vezes, e nada aconteceu com ela. O filme copiou as animações de sucesso dos anos 90 descaradamente. Eu achei tudo muito artificial.
Uma versão em live action poderia continuar com a história da Tiana (sempre humana) tentando abrir seu restaurante. Ela deixa seu sonho de lado para ajudar o sapo que diz ser um príncipe. Enquanto os dois tentam descobrir uma maneira de quebrar o feitiço, encarando o vilão da história, Tiana perde muitas oportunidades de realizar seu sonho. Ela poderia ganhar uma recompensa por salvar um príncipe, não precisa se casar com ele tão cedo.
Peça de 1904 de J.M. Barrie. Peter Pan vai até Londres e fica escondido ouvindo as histórias que Wendy conta para os irmãos. Numa noite ele é quase descoberto, ele foge mas perde sua sombra. Quando finalmente se revela, ele leva as crianças até a Terra do Nunca. Conhecemos os garotos perdidos, o capitão Gancho, Peter salva a princesa Tigrinha, Gancho tenta envenenar o garoto mas Sininho se sacrifica. Nesse momento, Peter pede para a plateia bater palmas e dizer que acredita em fadas, desse modo Sininho é salva. Após derrotar o pirata, Peter leva todo mundo para Londres. A mãe de Wendy adota os meninos perdidos e deixa Wendy visitar Peter na Terra do Nunca uma vez por ano. Wendy cresce e sua filha Jane também ganha essa permissão, e mais tarde a neta Margaret.
A Disney conseguiu compactar toda a peça de J.M. Barrie no filme de 1953, trazendo poucas alterações. Também fizeram uma ótima continuação em 2002 com a Jane, filha de Wendy (nessa animação os meninos perdidos finalmente ganharam nomes). Na peça, Peter sempre viu Wendy como uma mãe. A Disney insistiu num romance entre eles e num triângulo amoroso com a Sininho. Walt não gostou muito do desenho, ele achou o Peter frio demais e desagradável. Barrie aprovaria, ele disse que sempre viu Peter como um sociopata sem coração.
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