"Sonic, o filme", de 1996, é uma minissérie japonesa com dois eps. Eles foram unidos e o pacote foi lançado no Ocidente como se fosse um filme. É uma animação muito divertida, temos uma princesa maluca e safada (para os dias atuais), mas o restante do filme é puro "Sonic", bem fiel aos games. Além do ouriço, vemos o Tails e o Knuckles (com sua roupinha de caçador de tesouros), o dr Robotnik e o Metal Sonic são os vilões. Salvar a princesa não é prioridade, nem o Robotnik a suporta, a batalha contra o Metal Sonic no final é cheia de ação e tem um desfecho dramático (é Anakin vs Obi-Wan).
Essa animação foge bastante do vídeo game, a história é completamente diferente, não é uma boa adaptação, mas é um ótimo filme. "Ninja Gaiden" é de 1991. O filme dá uma de "Akira", tem um visual caprichado, é para adultos (ou seja, qualquer criança nos anos 90 podia ver) e tá cheio de ação e de lutas com espadas. O vilão do filme recria o poder dos deuses sombrios, ele cria mutantes num laboratório e vira um demônio na luta final, rola uma transformação assustadora. Essa animação precisa ser redescoberta, mesmo que seja "Ninja Gaiden" apenas no nome.
"Street fighter Alpha" (1999) é baseado numa série de jogos que funcionam como prequels da série "Street fighter". Personagens como Ryu, Ken e Chun-li, aparecem em versões mais jovens. Os lutadores dão muita porrada durante o filme, socos e chutes, mas os golpes especiais, aqueles que a gente solta no game sempre que dá vontade, ficam guardados para momentos especiais. Só pra você fazer uma ideia, Ryu solta um simples hadouken perto do final e abre um buraco no corpo de um inimigo, o cara morre na hora. Ryu também precisa lutar contra o seu lado sombrio e evitar de seguir os passos de Akuma.
A versão animada de "Art of fighting" (1993, um ano após o lançamento do game) é outra adaptação que ignorou o material original. No jogo, a irmã de Ryo, Yuri, é sequestrada e ele precisa da ajuda de seu rival, barra futuro cunhado, Robert Garcia para salvá-la. No animê, Ryo é moreno, Robert é seu amigo e não namora ninguém, Yuri foi sequestrada pelo Mr Big e toda a trama que envolve um lutador misterioso ficou de fora. No game, esse cara estranho é o responsável por uma grande revelação no último minuto. O que essa animação acabou fazendo foi uma versão japonesa de "Miami Vice".
O filme de "Fatal Fury" (1992, um ano após o lançamento do game) segue a história do jogo. Terry e Andy querem vingar a morte do pai e o amigo Joe também participa da missão. O filme ganhou uma continuação em 1993 e um terceiro capítulo em 1994. No terceiro filme, "Fatal Fury 3: a fúria", o melhor da trilogia, os personagens encaram deuses e demônios encarnados, eles capricharam na animação e nas sequências de luta. É tão grandioso que, no Oriente, o título é apenas "Fatal Fury, o filme".
O filme do Van Damme deixou um gosto ruim na boca? Naquele mesmo ano (1994) pintou um animê de "Street fighter". O desenho trazia tudo aquilo que a gente queria ver, e não viu, na versão americana. São várias lutas e elas não atrasam a trama. Acontece tanta coisa na história, nem parece que o filme tem apenas 102 minutos. As lutas são sangrentas, rola nudez da Chun-li, Bison é o vilão, Ryu é o personagem principal mas dá espaço para os amigos, vemos todo o elenco do game "Super Street fighter 2". Melhor que isso só mesmo o seriado de 1995, Ken e Ryu nadando pelados... ficou na memória.
Quem não passa um pano pro "Mortal Kombat" de 1995? A história do jogo está lá, meio resumida e apressada em alguns momentos, mas está lá. E, diferente do "Street" do Van Damme, não temos um lutador norte americano no centro da trama. O filme se estica usando as lutas, e elas SÃO legais, com uma boa coreografia. A trilha musical do filme acabou fazendo o maior sucesso. Essa adaptação não tem efeitos especiais de ponta, ela se vira como pode e não decepciona. Os personagens são divertidos, a violência é moderada (em comparação com o jogo), o filme tem um certo charme, faz a gente perdoar qualquer coisa. Só não perdoamos a continuação de 1997, fuja dela.
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