em cartaz - TOP GUN, MAVERICK (2022)

Quando eu era criança, eu tinha um pôster enorme do filme Top Gun, com o Tom Cruise, de uniforme, ao lado de um F-14, era um tesão. Eu queria colocar na parede do quarto, mas isso seria "muito gay" pra família. E Top Gun sempre foi um filme acidentalmente gay, em 1986 o filme fez muitos jovens norte americanos se alistarem, os gays apenas curtiam o vôlei de praia. O novo filme já começa com uma nostalgia absurda, a mesma trilha do filme original e ... tocaram "Danger Zone" também (!!!!). Nada digital, temos aviões de verdade, o filme foi dedicado ao diretor Tony Scott (1944-2012) e Tom Cruise realmente trouxe o personagem Maverick de volta, ele amadureceu só um pouquinho.

TAKE MY BREATH AWAAAAAY 

Maverick ainda é um capitão, ele gosta do que faz então recusa promoções. E depois de mais um ato de desobediência, ele é enviado de volta para o Top Gun, comandado pelo Jon Hamm, mas não vai pilotar nenhuma aeronave. Maverick volta como professor, o esquadrão vai participar de uma missão quase impossível, bem no estilo Estrela da Morte. Entre os seus alunos está o filho do Goose (Miles Teller, ok, quase na idade certa, mas ele tá uma cópia cuspida do pai, o filme forçou a barra, parece desenho animado). 

O rapaz tem uma bronca com Maverick e os dois precisam se acertar porque a missão do Top Gun é suicida, e Maverick não quer que nada aconteça com o filho de seu velho amigo. Outro membro do Top Gun é um carinha (Glen Powell) metido a Iceman, que falta de imaginação, poderia ser filho do personagem do Val Kilmer (sim, ele está no filme). E também temos Jennifer Connelly, faz tempo que não vejo a moça na tela grande. No final, cenas de ação incríveis, fiquei o tempo todo pensando "Oh não, ele vai morrer" ou "É ele quem vai morrer" ou "Alguém vai morrer? Não é justo". Foi um filme eletrizante. E, desculpa Lady Gaga, ainda prefiro Berlin.