28.11.21

CHP REAGE


Acho que posso dizer que a minha paixão por Tarantino acabou em "Kill Bill vol 2". Pra mim o cara se vendeu para Hollywood. Ele tinha ótimas ideias, ele escrevia bem, seus filmes não precisavam de um orçamento astronômico, a gente tinha simplicidade e uma boa história. Eu até dei uma chance para Bastardos e Django e acabei não gostando de ambos. O diretor agora investe em super produções, parece que está sempre pensando em Oscars, ele faz o que quer, não joga nada fora e aí ganhamos um filme mais longo que o outro. E tem os momentos de reflexão também, personagens que adoram falar, só que, às vezes, o assunto é tão bobo que aquilo acaba virando um momento de divagação. Saudades de quando o assunto era o "Like a Virgin" da Madonna.

ERA UMA VEZ EM ... HOLLYWOOD (2019) tem um orçamento discreto, foi indicado para 10 Oscars. Eu não quis conferir na época porque não queria ver o assassinato de Sharon Tate e também porque se trata do Novo Tarantino (muito filme, pouca coisa acontecendo, eu quase dormi na sessão de Bastardos inglórios, bom, acho que dormi mesmo, não tenho certeza. Mas comprei o dvd do filme de 1978, e o dvd do Django original também). Conferir o filme de 2019 em casa, em suaves prestações, pode ser a melhor maneira pra mim. Eu quase comprei o blu porque gostei da latinha.

A gente acompanha 3 personagens. O Leonardo Dicaprio, um ator cuja carreira está por um fio. Seu dublê, e melhor amigo, Brad Pitt (Oscar de ator coadjuvante? Injustiça, ele praticamente divide o filme com o Leo), é um personagem legal de acompanhar (o Leo tá sempre pra baixo, mas gostei da garotinha que atua ao seu lado). E também temos um pouquinho da Sharon Tate de Margot Robbie. Estamos em 1969 e o Leo é vizinho do diretor Polanski, isso muda completamente a história, é como ver a morte de Hitler em "Bastardos". 

Trinta e três minutos de filme e pinta o primeiro momento Tarantino, vemos os pés de Margot Robbie na cama sem motivo. Depois pinta o Bruce Lee. Até entendi a polêmica, o cara é uma prima donna, super arrogante, e ainda apanhou do Brad Pitt (!??!). O diretor gosta do Bruce Lee, por que o tratou tão mal nesse filme? Foi legal ver o Brad encarando a "família Mason" no final. No geral, eu gostei do filme. Dividir a produção em capítulos ajuda bastante, o filme tem cara mesmo de mini série.

Nenhum comentário: