Finalmente no Brasil, foi um atraso daqueles. A Laika não deixa o stop motion morrer e eu fico feliz, dá pra ver que o estúdio está fazendo essa técnica evoluir a cada novo filme. Em LINK PERDIDO, a animação dos personagens é perfeita, como um desenho animado feito a mão, movimentos suaves. Os bonecos impressionam. Os cenários são gigantescos. Leva uma eternidade para se fazer um filme assim, cheio de pequenos detalhes, tudo precisa estar no lugar. Pena que, desta vez, a produção pecou no roteiro.
Londres, século XIX, Lionel Frost (Hugh Jackman) é um grande aventureiro. Mas não faz parte do clube dos aventureiros porque está sempre correndo atrás de criaturas míticas, e nunca volta para casa com provas. Ele recebe uma carta da América, sobre o Pé Grande, e, bem no estilo Julio Verne, faz uma aposta com os membros do clube. Quando ele pisa no novo mundo e encontra a criatura, descobre que o bicho sabe falar. Ele se sente sozinho por ser o último de sua espécie, mas ouviu falar de seus "primos", abomináveis da neve, no Himalaia. Ele faz um acordo com o sr Frost, que concorda em levar a criatura até o Nepal. A trama é muito corrida, não dá tempo de desenvolver os personagens, o filme acabou optando por mostrar rotas num mapa (e o senhor Elo Perdido vendo o mundo passar pela janela do trem), num pulo, chegamos no Himalaia. Muitas sequências com gags fraquinhas poderiam ter sido mais curtas, o filme quase sacrifica sua mensagem sobre amizade porque não coloca muita emoção no relacionamento dos personagens. Como outras animações do estúdio, o filme deve ser mais apreciado pelos adultos.
FICHA TÉCNICA
TÍTULO ORIGINAL: missing link
ANO: 2019
PAÍS: eua
DURAÇÃO: 1h 33min
DIRETOR: Chris Butler (ParaNorman)
ELENCO DE VOZES: Hugh Jackman, Zach Galifianakis, Stephen Fry, Zoe Saldana e Emma Thompson.
ESTREIA BR: 7 de novembro
Um comentário:
Ainda to tentando entende por que diabos o nome do filme em português e o Link perdido não deveria ser o Elo Perdido
Postar um comentário