Eu não sou aquele "fã de Tolkien" que está jogando ovos podres na casa da Cate Blanchett há 24 anos porque a Galadriel segurou uma xícara de chá sem levantar o dedinho. Esse povo não iria reclamar se Peter Jackson usasse 20 minutos de "As duas torres" para mostrar Merry contando para o rei Théoden a origem da erva de fumo do Condado.
Isso me lembrou da sessão de "Cinquenta tons de cinza", na saída do cinema passei por uma moça que já estava no telefone com uma amiga: olha, tem muita coisa do livro mas também tem coisas que ficaram de fora. Ah, o mundo é assim, nenhuma adaptação vai satisfazer 100% dos leitores, vê se cresce. A GUERRA DOS ROHIRRIM foi um dos melhores filmes que vi no ano passado, eu nem ligay pro mûmakil e pro Vigia da água (dois bichos que não deveriam estar lá). Peter Jackson prometeu trazer novos animês com mais histórias da Terra-média e eu vibrei com isso.
Mas a animação foi um fracasso de bilheteria. Vi gente detonando o filme, até procurando cabelo em casca de ovo. Temos a história de Helm mão de martelo, mas pela perspectiva de sua filha, uma personagem que nem tem nome no livro. Ela é apenas mencionada e não faz nada, no filme ela é audaciosa e vai pra guerra. E qual é o problema com isso? Tem muito mais Tolkien nesse filme do que em outras produções, caramba, até mostraram o rei morrendo em pé (coisa típica de animê, mas saiu do livro).
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