22.1.25

❄️🗡🐇🐈 DISNEY VS CONTOS ORIGINAIS (parte 8)

O jovem Kai é sequestrado pela rainha da neve. O espelho dela se quebrou em pedaços bem pequenos e alguns pedacinhos entraram nos olhos do garoto, fazendo ele enxergar o pior das pessoas. Ainda assim, sua amiga Gerda tenta resgatá-lo. Conto dividido em sete partes, Gerda recebe a ajuda de um príncipe, de uma princesa e de uma ladra pelo caminho. A vilã aparece muito pouco e não faz muita coisa. 

Um conto de Andersen deu início à renascença da Disney e outro conto dele deu inicio à segunda renascença. É impossível fazer comparações com o conto de 1844, "Frozen" é praticamente outro universo com novos personagens. Um boneco de neve que gosta de calor foi tirado de outro conto do autor, e é só isso. Até a rena falante que Gerta encontrou em sua jornada foi descartada.



"As crônicas de Prydain" é uma série com cinco livros (1964-1968). Acompanhamos Taran, um cuidador de porcos, tentando resgatar sua porquinha. Ao lado de outros personagens, incluindo um príncipe, ele enfrenta o Rei de chifres, um dos lacaios de Arawn, o senhor das trevas. No segundo volume, Taran e seus amigos se reúnem novamente e todos viajam até a fortaleza de Arawn para destruir o caldeirão negro, um artefato que cria guerreiros imortais usando corpos de guerreiros mortos.

"O caldeirão mágico" foi a animação mais cara já feita, até então, pelo estúdio. Assustador demais para as crianças, foi o maior fracasso do estúdio, até então, também. Mesmo passando por cortes que tentaram amenizar o clima de terror. O Rei de chifres foi transformado no vilão principal (no livro ele é apenas um homem que usa uma máscara com chifres) e o filme uniu as histórias dos dois primeiros livros. Eu amo demais essa animação, o poster de cinema é o meu favorito entre as animações do estúdio, e a Disney se tornou a dona dos direitos da obra de Lloyd Alexander há pouco tempo, mas ainda não prometeu um novo filme ou uma série de tv.


Conto de 1865, a curiosa Alice persegue um coelho branco até sua toca e vai parar no país das maravilhas onde vive muitas aventuras malucas, e sim, no final foi tudo um sonho mesmo. O conto brinca bastante com trocadilhos em inglês, até inventa novas palavras. Por conta disso, algumas traduções em português não fazem muito sentido, em outras, mais recentes, tentaram dar um sentido em português e só deixaram o conto ainda mais maluco.

A animação de 1951 não foi um sucesso de bilheteria. Ela é bonita, mas a história parece uma série de curtas animados um atrás do outro. O filme deixou muita coisa de fora, poderiam ter adaptado o bizarro capítulo do bebê porco ao invés do conto da Morsa e do carpinteiro. Estamos no início da Era de prata, sequências traumatizantes deveriam ficar no passado. Curiosamente, o livro tem uma continuação mas a Disney nunca trouxe a personagem de volta, nem mesmo durante o boom das continuações "direto pro vhs".



Romance escrito em 1837, Oliver Twist é um órfão que fugiu de um orfanato cruel e conheceu um homem chamado Dodger, um ladrão que trabalha para um velho chamado Fagin, que é um treinador de ladrões. Oliver se torna um ladrãozinho nas ruas de Londres, e depois de um assalto mal sucedido acaba encontrando um casal que se importa com ele. Mas Fagin e seu parceiro Bill Sikes decidem sequestrar o menino antes que ele passe informações demais para a polícia. Rola uma tragédia antes do final feliz.

Personagens humanos se tornaram cães e gatos, Fagin virou um pobre mendigo e o restante foi americanizado ao extremo. Temos niuiorqui nos dias atuais (1988) e não Londres. Ainda gosto muito de "Oliver e sua turma" (ou "e seus companheiros", se preferir), a dublagem br é caprichada, até nas canções. O filme não foi um sucesso porque a Disney enfrentou uma pesada concorrência na época. 

Nenhum comentário: