19.7.25

📖 livro - DISNEY WAR (2005)


Um livro sobre os bastidores da Era Eisner da Disney (1984-2005). Quando Michael Eisner deixou a Paramount e se tornou diretor executivo da Disney em 1984 as coisas não estavam bem. Ele teve a ideia de investir em filmes em live action (a tradução br do livro escorrega aqui), usando atores baratos, um baixo orçamento, e acabou fazendo de Bette Midler uma rainha das comédias. Mas o estúdio de animação, ele queria fechar. Roy Disney, sobrinho de Walt travou uma guerra contra Eisner para manter a animação. 
Um amigo de longa data de Eisner, Jeffrey Katzenberg, assumiu o departamento animado (Roy nunca gostou dele) e misturando animação com Broadway trouxe a Pequena Sereia, a bela e a fera e Aladdin, inaugurando a renascença da Disney. O rei leão, foi ideia dele. 
Eisner quebrou a cara várias vezes, a EuroDisney na França foi um fiasco, ele não acreditava no sucesso de "Uma linda mulher", "Uma cilada para Roger Rabbit", e até abriu mão dos direitos nacionais e internacionais de "O sexto sentido", por acreditar que o filme iria ser um fracasso.
Apostou pesado em bombas como "Pearl Harbor" e rejeitou "O senhor dos Anéis" de Peter Jackson, despediu um dos criadores de "Lost" antes da estreia da série porque achava que ninguém iria se importar com os personagens perdidos na ilha. E perdeu a chance de comprar a Pixar duas vezes porque estava sempre brigando com Steve Jobs, uma dor de cabeça que durou vinte anos.
Após fazer uma cirurgia no coração, Eisner volta ao trabalho e vira um verdadeiro tirano. Ele quer se livrar de alguns funcionários, então torna a vida deles um inferno, até que eles peçam demissão. Katzenberg e Michael Ovitz, outro velho amigo de Eisner, tiveram uma morte lenta e dolorosa. Mas Katzenberg se vingou, deixou a Disney e fundou a Dreamworks ao lado de Steven Spielberg. No decorrer do livro, Eisner, que gosta de culpar os outros por seus erros, se vê cercado de pessoas que o odeiam. 
É difícil fazer um balanço da Era Eisner, a compra da rede ABC foi complicada no começo, as animações foram ficando cada vez mais caras, ele não queria legendas no filme então exigiu que Pocahontas falasse inglês, Piratas do Caribe foi um acerto mas Eisner se manteve cuidadoso o tempo todo, os acionistas do estúdio ficaram preocupados com a imagem da Disney quando viram Jack Sparrow pela primeira vez. 




Nenhum comentário: