17.3.25

📽 em cartaz - AINDA ESTOU AQUI


Ah, eu não tinha pressa nenhuma. Um dos últimos filmes nacionais que vi no cinema da minha cidade foi uma sessão super decepcionante, devo ter perdido mais de 50% dos diálogos, ou o volume tá sempre muito alto ou tá sempre muito baixo. Sem legendas não dá pra mim (e eu reconheço que eu deveria procurar um médico de ouvido também), a dublagem das animações é sempre ok, um filme com áudio original em português costuma ser um problema.
Além disso, aquele português nada natural que usam nos filmes e novelas me incomoda bastante, crianças falando aquele português todo certinho é ainda pior (olá turma da Mônica). Eu também já havia conferido o elenco do filme. Fernanda Montenegro? Nunca gostei dela. Daniel Dantas? Não suporto (felizmente, ambos aparecem rapidamente). E foi difícil ver o Selton Mello como ator, estou vendo AINDA ESTOU AQUI e me senti na nova onda do imperador (ele também parece ser filho da Fernanda, e não marido). Ok, o que restou? Fernanda Torres. Ah, ela fez todo o filme valer a pena.



Eu não me lembro de muita coisa da ditadura (nem do meu tempo no útero) além de certas censuras nas músicas e na tv, nada que afeta a vida de uma criança. O filme se passa no auge dela, lá nos anos 1970, então vi um Brasil na trama que nem consegui reconhecer. O marido de Eunice é levado pelas autoridades e desaparece completamente. Foi muito tenso o momento em que ela mesma é levada, com a cabeça coberta, para um interrogatório. 
Eu esperava por um filme diferente, mas foi bobagem minha, uma mulher contra o regime? Não tinha como rolar. Então a trama avança no tempo, para depois da ditadura. E essa parte do filme acabou me decepcionando por ter deixado de lado toda a ação. As coisas que Eunice fez ao longo dos anos são contadas nos créditos finais e não dentro do filme, foi um desfecho tranquilo demais. Haviam momentos marcantes ali que mereciam estar na trama, a personagem precisava disso. Ver essa parte da história de maneira resumida foi meio brochante.


FICHA TÉCNICA 

TÍTULO ORIGINAL: idem
ANO: 2024
PAÍSES: Brasil, França 
DURAÇÃO: 2h 17min
DIRETOR: Walter Salles
ELENCO: Fernanda Torres e Selton Mello 
ESTREIA BR: 7 de novembro de 2024
PRÊMIOS: Oscar de melhor filme estrangeiro.




10 comentários:

Anônimo disse...

ass. Rubens Ewald Filho.

Anônimo disse...

Sua opinião, mas demonstra total desconhecido sobre fazer cinema nacional, construção de cenas, fotografia e interpretação, pelo jeito está acostumado a ver só homens seminus, galãs em filmes de heróis... Poderia ter ficado sem publicar essa opinião total de totalmente superficial.

Anônimo disse...

caramba... você deu a mesma nota pra esse filme e pro filme da Millie Bobby Brown com o Chris Pratt... então tá né...

POP disse...

O problema de captura de áudio no Brasil faz tempo que foi superado, Alessandro nunca gostou de cinema BR uma pena, tem boas obras sendo produzidas e cinema BR difere bastante do Americano, o que é ótimo.

Anônimo disse...

PQP
Eu não esperava por essa...
Vc é realmente um "chupa cu de gringo"

Anônimo disse...

Uma crítica feita por alguém que sofre do famoso complexo de vira-lata.
Que triste...

Anônimo disse...

A percepção sobre cinema de qualidade deve ser só quando tem explosões, homens pelados, salvar o EUA.
PQP

Anônimo disse...

Continua no teu mundinho de faz de conta, já que gosta de contar e aumentar as histórias, até de traição... Este é um dos melhores filmes que o país produziu!

Anônimo disse...

Meu Deus deixem o Alessandro em paz gente tadinho kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Impressionante como a DEMOCRACIA que se anseia e está no centro da polarização centralizadora e opressiva, onde os extremos lutam pela propriedade da Liberdade é idiotizante. Tudo agora é como um uniforme: quem é contra tem que odiar o a favor e vice-versa. Esse filme foi usado como instrumento para atender aos interesses daqueles que invocam esse passado para amedontrar e direcionar um pensamento moldado e de militância digital. Todo mundo já foi assistir ao filme com uma emoção prévia. A campanha para um Oscar foi motivada por esse sentimento, nostálgico eu diria, em querer reviver essa época como uma iminência. Eu também não achei o filme, como cinema, nada que merecesse tanta mobilização. Central do Brasil é bem melhor.