Todos nós acompanhamos as polêmicas geradas por esse filme desde o seu anúncio. A atriz principal sendo atacada por racistas na Internet, a decisão de adiar o filme para criar anões digitais e não ofender ninguém, o posicionamento político das atrizes que agora se odeiam, o trailer que foi massacrado, a estreia sem muita pompa porque a própria Disney já desistiu de tentar salvar o filme e a demissão da atriz que falou muita bobagem nos últimos dois anos. Como se trata de "maisumliveactiondaDisney", minhas expectativas estavam lá embaixo. Eu estava pronto para colocar o filme entre os piores live actions do estúdio, mas ele não é tão ruim quanto eu esperava. É um filme bonitão, vazio de sentimento, mas valeu a pena.
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| A PRINCESA E O BANDIDO |
Nostalgia pura, no dia 28 vai fazer 10 anos que eu e o Anselmo vimos o live action de Cinderela no cinema. A gente tinha acabado de se conhecer. BRANCA 25 é um musical, tem música o tempo todo, "Waiting on a wish" é muito boa (Rachel Zegler cantando é a melhor parte do filme), da animação eles pegaram poucas canções (duas que eu gosto ficaram de fora). O grande Dumbo branco são os anões, que não são anões, são criaturas mágicas (tem um ator anão no elenco, entre os bandidos do cara que não é um príncipe mas é o par romântico da mocinha, para fins de comparação barra compensação). E é impossível se acostumar com eles, são grotescos, mas não ocupam muito espaço no filme. Se conseguir ignorar o CGI, verá que eles são simpáticos, gostaria que fossem atores reais.
A história você já conhece. Ela ganha novos elementos depois da maçã envenenada. Branca precisa recuperar o reino de seu pai, a "batalha final" é censura livre, o fim da rainha má não faz sentido e foi muito ridículo. É uma pena, antes desse final medíocre o filme trazia muitos acertos.
FICHA TÉCNICA
TÍTULO ORIGINAL: Snow White
ANO: 2025
PAÍS: eua
DURAÇÃO: 1h 49min
DIRETOR: Marc Webb (500 dias com ela, O espetacular homem-aranha)
ELENCO: Rachel Zegler, Gal Gadot e Andrew Burnap
ESTREIA BR: 20 de março
Um comentário:
A armadilha contemporânea: recontar histórias cristalizadas mudando o que não deve mais fazer parte do mundo, mas que continua existindo. Mais oportunismo do que hipocrisia, ou vice-versa?
Alguém resolveu que a Branca de Neve não pode mais viver com os anões, assim como seu próprio nome é um indício de racismo.
Porque simplesmente não param de falar/contar essa história que não é mais legal?
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