Seis indicações ao Oscar: melhor filme, diretor, atriz, ator coadjuvante (Yura Borisov não faz muita coisa no filme...), edição e roteiro original. ANORA é uma montanha russa emocional com momentos que não combinam entre eles, é difícil encaixar o filme num único gênero. Começa como se fosse um documentário sobre um certo estilo de vida, depois pinta uma comédia inesperada no estilo Irmãos Coen (em seus melhores momentos), aí parece que vai puxar para o romance mas vai para o drama. Você nunca sabe o que esperar desse filme. Sei que recebeu uma indicação pelo roteiro, mas essa história precisava de diálogos mais fortes, ou, poderia ter usado poucos diálogos.
Ani (Mikey Madison) trabalha num clube noturno onde é paga para dançar no colo dos homens. Ela conhece um rapaz, filho de um milionário russo, e aceita fazer sexo com ele durante o dia. O garoto, garoto mesmo, lhe faz uma oferta no estilo "Uma linda mulher", quinze mil e ela será sua namorada por uma semana. Festas, presentes caros, drogas, uma viagem até Las Vegas, eles ficam descontrolados... aí os dois fazem uma loucura e a família do rapaz descobre tudo. Esse miolo do filme foi a minha parte favorita, quatro personagens na noite mais azarada de suas vidas. A personagem principal me deixou meio decepcionado, quando o filme começa a gente tem certeza de que ela é uma moça esperta e ficamos com essa ideia durante boa parte do filme. Mas não, o QI dela segue ladeira abaixo. Incomoda um pouco, mas foi um bom filme. Escrito e dirigido pelo mesmo diretor barra roteirista que dirigiu e escreveu o fantástico "Tangerina" em 2015 (esse sim merecia um Oscar).
FICHA TÉCNICA
TÍTULO ORIGINAL: idem
ANO: 2024
PAÍS: eua
DURAÇÃO: 2h 19min
DIRETOR: Sean Baker
ELENCO: Mikey Madison, Yura Borisov, Mark Eydelshteyn, Karen Karagulian, Ross Brodar e Paul Weissman.
ESTREIA BR: 23 de janeiro de 2025
Nenhum comentário:
Postar um comentário