O segundo volume traz essa capa lindona do navio do Sol atravessado as Portas da Noite. Mas a criação do mundo já ficou para trás. O primeiro capítulo é um manuscrito do Conto de Tinúviel, que no futuro vai se chamar "Beren e Lúthien". É dito que Beren é um gnomo, uma raça que o Tolkien ainda vai abandonar, e o conto mostra outro gnomo no castelo do príncipe dos gatos, um idoso chamado Gimli.
Depois temos o conto "Turambar e o Foalóke" (os filhos de Húrin) e a Queda de Gondolin. São três livros que já foram lançados separadamente. Um capítulo que eu curti foi "O Nauglafring", uma continuação de "Os filhos de Húrin", que mostra o destino do tesouro amaldiçoado do dragão. Mîm, o último anão-miúdo (no futuro), é mencionado, mas o manuscrito não menciona sua raça, ele é chamado apenas de "O sem pai". Os manuscritos também fazem uma verdadeira bagunça com as raças dos personagens, às vezes Beren é gnomo, às vezes é fada (que talvez seja outro nome para os elfos)... é confuso.
Os dois últimos capítulos trazem "O conto de Eärendel" e "A história de Eriol ou Ælfwine e o fim dos Contos". Se trata de uma quantidade absurda de anotações, versões alternativas e peças que não se encaixam, ideias que foram abandonadas. Poucas anotações foram agrupadas num texto onde foi possível contar uma história. Foi um jeito do Christopher de pegar todos os documentos do pai, desde folhas fragmentadas escritas a mão, cartas e textos datilografados, e juntar tudo para a posteridade.
Como esses manuscritos (os primeiros) não sofreram grandes alterações no futuro (ainda me incomoda ver certos personagens com outros nomes, como Tinwelint ao invés de Thingol, e Gwendelin ao invés de Melian), não há muitas novidades pra mim neste volume.
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