Comprei meus dvds, fui ao cinema, e agora vou voltar para casa. Eu estava entrando na estação do metrô quando esbarrei no Marcio. Wow, encontrar um conhecido, da minha cidade, na capital, quais são as chances? Ele estava com o Gustavo (prazer), os dois estavam voltando para casa também e me ofereceram uma carona. Opção 1, pegar o trem e levar duas horas pra chegar em casa ou, opção 2, aceitar a carona, chegar em 40 minutos e conhecer o Gustavo melhor pelo caminho.
Para os dois, ainda era cedo demais para voltar. A gente fez uma boquinha na Bella Paulista antes de pegar o carro. Já estava escurecendo. Deixamos a capital bem tarde. No caminho, o papo foi tomando um rumo em direção ao país da sacanagem. Aí o Gustavo pulou para o banco de trás e começamos a dar uns amassos.
Filmes e seriados de tv fazem isso parecer tão simples. Eu odeio carros, não tem espaço suficiente. Bati minha cabeça várias vezes em diferentes lugares. O Gustavo colocou uma perna em cima da minha mochila.
Nããão !!! Eu havia acabado de comprar ''O senhor dos anéis, a sociedade do anel'' em dvd, novinho, acabou de chegar às lojas. E veio naquela bela embalagem de papel, frágil no último. Puxei a mochila e a coloquei no chão, com todo cuidado.
Já estávamos quase em casa (e pelados) quando o Marcio parou o carro ao lado da linha do trem (nosso bairro), um trecho quase que sem iluminação pública (na época). Aí ele veio se juntar a nós no banco de trás. Alguém pisou na minha mochila. Recolhi a mochila novamente e a coloquei, com todo cuidado, no banco da frente. Mãos e pernas se esticavam para todo lado num espaço bem apertado. Aquilo não tava legal. E aí, alguém deixou cair o envelope da camisinha. Para sempre perdido, na escuridão do carro. Num momento, a gente tinha várias opções, e agora ... bem, vamos pensar em algo e ...
- Não, não, não, disse o Marcio. Não quero uma gota de esperma no carro do meu namorado. Ele vai perceber.
- Seu namorado? Eu pensei que o Gustavo era o seu namorado (estou chocado).
- Somos apenas bons amigos. Mas não fala do Gustavo pro meu namorado.
Esses gays estão descontrolados, ou eu estou ficando antiquado?
Temos uma opção. Sexo lá fora, entre o carro e o muro da escola.
Percebi outras opções no plano, ser preso ou assaltado, polícia ou ladrão, quem chegar primeiro ganha, estaremos nus com a mão no bolso.
- Seu namorado costuma checar o porta malas? Perguntou o Gustavo.
Não estou gostando desse papo.
- Verdade. É um porta malas bem espaçoso.
- Vocês estão doidos, três pessoas num porta malas? (estou quase pulando fora).
- Claro que não, dois de cada vez.
Sim, devo ser antiquado, ainda prefiro uma cama grande, fofa e um teto sobre a cabeça. Porta malas? Esquece. Tenho duas opções. Fico com a primeira.
- Olha, minha casa fica a dez minutos daqui, eu posso ir andando. Obrigado pela carona.
Cheguei em casa e abri a mochila pra pegar minhas chaves. Aí dei pela falta do meu chaveiro do Sonic que ficava no zíper. Ele deve ter caído no chão do carro. Isso pode botar o Marcio numa encrenca. Eu tinha duas opções...
5 comentários:
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh aguardando ansiosamente o resto da história
Cenas de sexo em carro me fazem lembrar do filme O oposto do sexo, quando a personagem da Lisa Kudrow descobre que o irmão é gay.
Xi, a história acabou. Digo, não tem um final digno de nota, então parei por aí mesmo. Mas vamos lá. Fui até a casa do Marcio e não o encontrei. Voltei até o carro, ainda estava lá, os dois estavam nus no banco de trás (acho que encontraram a camisinha), levaram o maior susto com a minha chegada, peguei meu chaveiro e voltei pra casa.
Chorei de rir com a história. Imagino teu medo de acontecer alguma merda ali.
Sua preocupação com a mochila foi muito genuína, adorei kkkkkk
adorei a historia uma surpresa atras da outra, e adoro que você e detalhista imagina você contado essas historias no programa do Porchat arrasou novamente!!!!!
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