Antes de conferir KABOOM, é melhor você dar uma olhada na filmografia de Gregg Araki. Roteirista e diretor de muitos filmes temáticos bem bizarros. KABOOM segue a mesma linha, você tem que estar preparado. O cara já brincou com a aids num road movie chamado ''The living end" e já deu uma de Tarantino em ''Doom, geração maldita''. ''Mistérios da carne'', com Joseph Gordon-Levitt, foi seu filme mais sério até o momento. KABOOM lembra mais ''Esplendor, um amor em duas vidas'' (outro filme do cara, que começa como dramédia e depois termina como ficção científica).
Embora tenha sempre personagens gays barra bissexuais no elenco principal, o diretor barra roteirista não investe muito em cenas de sexo gay, seus filmes trazem muito hetero-sexo e nudez feminina. ''Mistérios da carne'' é uma exceção, provando que o cara não tem medo de fazer esse tipo de coisa. Mas a gente fica pensando, muitos homopersonagens não conseguem se satisfazer sexualmente em seus filmes. Será que Gregg está apenas nos provocando? Acredito que sim. Alguns filmes do cara têm um final que é um tanto decepcionante, algo do tipo ''não estou ligando se você não gostou do final, é um final e pronto, aceite isso''. Gregg Araki sempre faz o que quer.
Em KABOOM acompanhamos a história de um rapaz chamado Smith. Nada de rótulos, ele faz sexo com quem ele quiser, mas no caso dos homens a gente vê pouca coisa. Sua amiga Stella está namorando uma doida do tipo ''atração fatal'' que tem poderes paranormais. Smith divide um quarto com um surfista estereotipado (lindo, sarado, loiro, anta), e vive tendo sonhos eróticos com ele. Thor (esse é o nome dele) é supostamente hetero, e está deixando Smith confuso barra maluco. Ao mesmo tempo, o rapaz começa a ter sonhos estranhos com pessoas que ele nunca viu na vida.
De repente, ele encontra essas pessoas na vida real e, uma delas, a garota ruiva, parece estar sendo perseguida barra assassinada por homens com máscaras de animais. A explicação para todo o mistério vem de uma só vez perto do final, aí o filme viaja na batatinha. É mirabolante demais e não combina com o restante da trama (algo típico do diretor). Mas é sempre legal ver personagens gays fazendo algo diferente nos filmes. Drama, homofobia, suicídio blá blá blá, já estou cansado disso.
2 comentários:
FICHA TÉCNICA
TÍTULO ORIGINAL: idem
ANO: 2010
PAÍSES: eua, frança
DURAÇÃO: 86 min
DIRETOR: Gregg Araki
ELENCO: Thomas Dekker, Haley Bennett e Chris Zylka
Já assisti, esses dias tava pensando e não conseguia lembrar o nome desse filme... doido, doido, doido, mas bem divertido.
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