ANNA KARENINA

Eu acho que essa deve ser a décima ou a décima primeira adaptação de ANNA KARENINA, se você não levar em conta os filmes que trazem um título diferente. Parece que temos uma nova adaptação (seja russa ou norte americana) a cada dez ou quinze anos (ou duas vezes na mesma década) desde os anos 1910. ANNA KARENINA está implorando por algo novo. Bem, essa nova adaptação é uma peça de teatro em 3D, existe um palco e você vai passear por ele, cenários são montados e desmontados durante o filme, mudando as cenas. Isso foi muito legal, mas o filme vai aos poucos abandonando a ideia, não completamente, vemos muito disso no início do filme e no final. Logo, a apresentação da obra é muito boa, só que o ritmo do filme não ajuda, nem os diálogos, na verdade, não sei bem o que deu errado aqui, o filme não tem um gostinho atraente. Metade "mamãe quero ser épico" e metade "não sei exatamente em que época estou".

O EXPRESSO POLAR

O filme se passa na Rússia imperial, em 1874. Anna Karenina (Keira Knightley) está presa num casamento sem amor (com o Jude Law). Ela faz uma viagem para salvar o casamento do irmão e acaba conhecendo o conde Vronsky. O cara pretende pedir uma moça em casamento mas se apaixona por Anna. O romance dos dois é o escândalo barra fofoca do momento entre a aristocracia e aí blá blá blá cuidado com o vão entre o trem e a plataforma, a história é a mesma, não se pode mudar um clássico. O filme tem visual, tem conteúdo, uma bela trilha musical, mas tem um climão piegas, mais um pouquinho de sofisticação e ele estaria entre os indicados ao Oscar, porque a ideia não é ruim, apenas a montagem. Procure pelo filme de 1935 com Greta Garbo (Vivien Leigh foi a Anna Karenina na década seguinte mas o filme é meio fraquinho).

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