OZ: MÁGICO E PODEROSO

Lá fora, o filme decepcionou algumas pessoas, mas não se trata de um filme ruim, vou avisar logo de cara, é um filme para crianças, como Peter Jackson fez com o Hobbit no ano passado. Nada de violência gratuita ou cenas de ação explosivas, o filme tem um ritmo bem lento, pode incomodar os mais grandinhos. E ele também não pode ser 100% original, afinal de contas, é um prequel. Do começo ao fim, OZ: MÁGICO E PODEROSO está sempre preocupado com o futuro, ou seja, com o filme de 1939. Nada pode ser alterado, nada pode sair do lugar, tudo tem que estar prontinho para a chegada de Dorothy. Logo, o filme tem um final em aberto. Ele mostra a origem do famoso Mágico de Oz e também das duas bruxas más, uma delas vai morrer quando Dorothy derrubar água sobre ela e a outra será esmagada por uma casa. Então seria legal se você fizesse uma visita ao filme de 1939 antes de ver esse prequel, para não achar nada estranho, uma vez que ele respeita todas as regras que vemos no filme de Judy Garland.

ONDE HÁ FUMAÇA, HÁ MACACOS VOADORES

Não se assuste, como na produção de 1939, o filme começa em preto e branco, e com uma tela quadrada. Oscar (James Franco) é um mágico que trabalha num parque de diversões no início do século XX. Após se meter numa enrascada, ele sobe num balão para fugir e é pego por um tornado. E assim, ele vai parar na terra de Oz. Entram as cores e o widescreen. Primeiro erro fatal do filme, Oz é um mundo fantástico, mas James Franco não faz cara de surpreso, ele se acostuma com a estranheza do lugar em poucos segundos. Ele é encontrado pela personagem de Mila Kunis, que acredita que Oscar é o tal mágico mencionado numa profecia. O cara que vai libertar o reino da terrível bruxa má e sentar no trono da Cidade Esmeralda. Louco para botar as mãos no tesouro do reino, Oscar resolve fingir que faz mágicas de verdade, enganando todo o povo. Essa Terra de Oz é bem diferente daquela que vemos no filme de 1939, dã, os efeitos especiais dominam o filme, criando um mundo no estilo Avatar. A Cidade Esmeralda é impressionante, os macacos voadores são legais e Glenda (Michelle Williams) voa numa bolha de sabão mais realista. Senti falta dos sapatinhos de rubi, mas tudo bem. O filme é uma diversão inofensiva e, como eu disse, foi feito para os pequenos.

VEJA TAMBÉM: O mundo imaginário do Dr Parnassus, Avatar, John Carter, Alice no país das maravilhas (Tim Burton).