Filme pouco conhecido de Martin Scorsese, bem diferente de seus outros trabalhos. KUNDUN (1997) foi um fracasso de bilheteria. O Oscar se lembrou dele (foram quatro indicações: trilha, fotografia, direção de arte e figurino), mas nada de Melhor filme ou Melhor diretor, e o elenco é todo formado por atores asiáticos (nos anos 90 em roliúdi? Nem pensar). Tem aquele jeitão de épico no estilo "O último imperador", mas não se tornou memorável.
Na trama acompanhamos a trajetória da 14ª encarnação de Buda. Um garotinho é reconhecido como o Buda reencarnado, ele é acolhido pelos monges, recebe educação e torna-se o Dalai-lama, líder espiritual do Tibet. Na década de 1950, ele é obrigado a fugir para a Índia durante a ocupação chinesa.
O próprio Bernardo Bertolucci (diretor de "O último imperador") brincou com esse tema em 1993 no filme "O pequeno Buda", que mostra a morte de um dalai-lama fictício e a descoberta de que uma criança norte-americana poderia ser a nova encarnação. Cruzes, prefira o filme do Scorsese, ele vale a pena.
2 comentários:
Recentemente revi "Sete anos no Tibet", é muito legal pela história e tal. Mas me incomoda a alienação por meio da cultura norte-americana. Que é bem, por um lado é bem compreensível essa abordagem no filma, afinal Hollywoodland foi feita para mercantilizar e teve grande vantagem com a globalização.
Você já leu "O grande filme: dinheiro e poder em Hollywood", de Edward Jay Epstein?
Vou procurar, estou sem nada para ler no momento.
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