BLADE RUNNER FAZ 30 ANOS

Os norte americanos ainda estavam curtindo o E.T. de Steven Spielberg na tela grande quando BLADE RUNNER pintou nos cinemas. E, por algum motivo, ele foi um fracasso de bilheteria. Anos depois, o filme foi lançado em vhs e foi redescoberto pelo público, ganhou uma legião de fãs e virou cult. Desde então, ganhou várias versões, a versão sem cortes, a versão perdida, a edição especial, a versão definitiva e a versão do diretor. Tecnicamente, é tudo a mesma coisa para falar a verdade. Você não encontra nada realmente especial do tipo "Deckard é um replicante".
Essa é uma das mais famosas lendas criadas sobre esse filme. Mas eu nunca vi em Blade Runner qualquer sugestão de que isso fosse verdade. Quer dizer, Harrison Ford está em uma de suas piores atuações, incrivelmente robótico, mas isso não faz dele um replicante.
Blade Runner é meio sci-fi meio noir, uma novidade bem vinda, mostrando um futuro pouco atraente. E no fim das contas, quem brilha no filme são os replicantes. O replicante vivido por Rutger Hauer está com os dias contados, e, na clássica cena na chuva, levanta questões filosóficas sobre o que exatamente significa ser um ser vivo, enquanto suas memórias desaparecem como "lágrimas na chuva".
O ano de 2019 já está chegando, e ainda não temos andróides andando por aí. Mas um novo Blade Runner está sendo cogitado (sem Harrison Ford no elenco) e o filme de 1982 vai ganhar um lançamento especial em blu comemorando seus 30 anos. Um box com 4 discos, 3 versões do filme, 10 horas de extras e uma miniatura do carro voador (isso já foi lançado antes, mas o carro era diferente).