REPLAY - MADAGÁSCAR

Uma coisa bem legal no primeiro Madagáscar. Todo personagem digital tem um dublê super deformado. Eu explico. Num filme com atores digitais, temos um boneco que foi moldado e que recebeu algumas articulações, a partir daí ele é animado. Mas nesse filme, os personagens fazem caras e caretas do tipo Tex Avery, olhos esbugalhados, bocas enormes, línguas compridas saltando para fora. É fácil fazer isso com personagens desenhados a mão, mas nesse caso, novos bonecos digitais precisam ser construídos do zero, apenas para receberem novos tipos de articulação e movimento. Um dublê com olhos esbugalhados feito apenas para esbugalhar os olhos numa rápida cena de susto. Novidade numa animação digital.
O primeiro filme é muito divertido. Os pinguins roubam a cena sempre que aparecem. E o rei Julien também, deliciosamente dublado por Guilherme Briggs. Destaque para a música tema. Após o clímax, o quarteto animal resolve viver na ilha ao lado dos lêmures.
No filme seguinte, pegamos a turma abandonando Madagáscar. Agora eles querem voltar para niuiorqui. Até Marty, que começou com essa bagunça toda porque queria viver na natureza. E eles vão parar na África (e na Europa, no terceiro filme. Mas "Madagáscar" nunca abandona o titulo). E assim conhecemos o passado de Alex, Melman e Glória se acertam, a velhinha esquisita do filme anterior ganha uma participação maior (e os pinguins também, ao lado dos chimpanzés) e, caso você tenha notado, o filme passa uma mensagem legal sobre "aceitar a homossexualidade do seu filho". Não é tão óbvio quanto em "Happy Feet", mas está lá.

Momentos engraçados:
Alex imita Charlton Heston na praia.

Os pinguins atropelam a velhinha duas vezes para ter certeza.

Os macacos querem licença maternidade, o pinguim espia por debaixo da mesa e diz: mas vocês são machos.