BURLESQUE

Houston, temos um problema: cantoras que querem ser atrizes. Às vezes dá certo, outras vezes não, ok , muitas vezes não. X-Tina está em cima do muro. Uma boa atuação seguida de uma péssima atuação, ela não se decide, está descobrindo um novo mundo, mas sem pressa. Pesando seus bons momentos e os momentos canastrões numa balança, ela até que fez bonito. Pena, sua voz atua, mas o olhar parece falso. Primeiro papel, a gente perdoa. Eu adoro a moça como cantora e vamos deixar por isso mesmo. Cher está bem apática, sem energia, já a vimos em papéis melhores. Ela tem seu momento cantando a bela música tema que, embora tenha levado o globo de ouro, não vai dar as caras no Oscar. Esqueça as duas cantoras e o trailer, o filme parece ser, mas não é um musical. É um romance, e bem fraquinho. OHMYGOD me lembrei de "lua de cristal" agora. As canções estão todas no palco e não fora dele, no restante do filme a gente mata saudades de Madonna (ray of light), Boston (more than a feeling) e de Alphaville (forever young).

O DIABO VESTE PRADA? DE NOVO?

X-Tina é Ali, uma garçonete do interior (do país), cansada de servir mesas, ela pica a mula e se muda para Los Angeles. Ela quer cantar mas não consegue emprego, seria isso um furo no roteiro? eu não entendi, ela recebeu um "não" atrás do outro (em cenas não mostradas) mas, quando ela finalmente tem a chance de cantar, vira um sucesso imediato. Por que tantos a recusaram? Depois de passar um bom tempo procurando um emprego, ela acaba indo parar num clube neo burlesco, administrado por Tess (Cher). Mas pega o emprego de garçonete, com a ajuda do barman bonitão (wow, espere até vê-lo pelado!!!). Tess, sem grana, está para perder seu clube, o ricaço Eric Dane (nham) está de olho no lugar. Quando Tess, contra sua vontade, dá uma chance para Ali no palco, a moça surpreende a todos com seu vozeirão. O filme está cheio de clichês. A trama é simplória demais e incrivelmente previsível. Vale a pena pelos shows apresentados no palco do Burlesque, pelos homens e pelas duas cantoras (supondo que você seja fã). O filme está muito mal editado, com cortes que incomodam. Escrito e dirigido por Steve Antin (gay gay gay), você deve se lembrar dele atuando em filmes como "os goonies" e "o último americano virgem". BURLESQUE é seu segundo trabalho como diretor, e ele ainda tá aprendendo o ofício. O filme diverte um pouco, mas não emociona, vale uma espiada, apesar da produção capenga (direção, edição, roteiro batido). Poderia ser bem pior, poderia ser "show bar"...