Como fã, é claro que eu tinha que dar uma olhada, boa parte dos dubladores originais foram convocados, mas não dublaram a música de abertura. Nossa primeira bronca, antes do lançamento, foi com o formato digital, fazia a gente se lembrar do desastroso longa lançado nos cinemas há alguns anos. Felizmente, o seriado não tem nada a ver com aquela coisa. A segunda bronca, Shun é uma mulher. A ideia é aumentar a presença feminina (contrariando as regras, Shina de Cobra tá sem máscara nessa nova versão), por outro lado, o personagem ainda é o mesmo, Shun não é uma mulher forte.
Essa nova série não quer aborrecer os velhos fãs. A guerra galática é um evento secreto, a irmã de Seiya tem poderes, as armaduras viram pingentes, não rola uma gota de sangue ou orelha decepada, os cabelos não têm movimento e tem um novo, e, até o momento, desnecessário, vilão que comanda um exército. Essas novidades são um saco, mas o restante é basicamente a série clássica de 1986. O seriado da Netflix tem apenas seis episódios, eu fiz uma comparação com o seriado original, no sexto ep a turma enfrenta o Fênix para recuperar a armadura de ouro, tá tudo igual, na mesma direção, por enquanto. Só que, nessa velocidade, a Netflix vai levar uma eternidade só para fechar a saga do Santuário. Não se pode reclamar do grau de fidelidade mas, se tá tudo quase igual, fica a pergunta: "pra quê um reboot?".
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