Ainda me lembro do primeiro filme sobre o 11 de setembro. Surgiu em 2002. As pessoas se perguntavam, não é cedo demais para isso Hollywood? Não seria um tanto desrespeitoso? Depois vieram mais dois em 2003, outro em 2004 (e também o documentário do Michael Moore), 2005, mais quatro (!!!) em 2006. Até o diretor Oliver Stone achou isso uma boa ideia e transformou o Nicolas Cage num bombeiro.
Em 2015, o diretor Robert Zemeckis fez melhor que todo mundo. Ele não fez um filme sobre a tragédia, a trama se passa em 1974, quando as torres foram inauguradas e o povo da cidade não ia com a cara delas.
A TRAVESSIA é baseado numa história real, a do trapezista francês Philippe Petit, que até ajudou na produção do filme treinando o Joseph Gordon Levitt. A trama começa na França, Philippe deixa sua casa para se tornar um artista de rua e treina na corda bamba de um circo. Ele lê sobre as torres gêmeas numa revista e aquilo se torna seu maior sonho, caminhar de uma torre até a outra andando num cabo sem nenhuma rede de segurança.
O filme se divide em três atos, a origem de Philippe, a preparação do evento e a travessia. Como se trata de uma proeza ilegal, é preciso invadir o canteiro de obras com todo o material no meio da noite, uma operação bem complicada. O rapaz quer começar a travessia ao nascer do sol.
Revi o filme recentemente na minha tv nova, 65 polegadas, 4k, mó vertigem. No meio de tanto filme que mostra a tragédia das torres, A TRAVESSIA é um refresco, uma homenagem, uma carta de amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário