DIGA ''NÃO'' ÀS DROGAS

A decepção foi grande, muito grande. Deixei o cinema brabo, muito brabo. Quando RIO (2011) foi anunciado, eu até vibrei. O filme fez a Pixar desistir de uma animação, estrelada por uma salamandra, que tinha uma história parecida, e eu disse ''tudo bem''. Minha expectativa era grande. RIO seria dirigido e escrito pelo brasileiro Carlos Saldanha. O que poderia dar errado?

Infelizmente, o filme trouxe todos os clichês e estereótipos de Hollywood a respeito do Brasil. Aquela ideia que os norte americanos tem do nosso país, uma imagem da década de 40/50 que a gente ainda vê em todo canto (em filmes e seriados de tv). Inclinei a cabeça e coloquei dois dedos na têmpora - só tá faltando a Carmem Miranda nesse filme. E bingo. Perto do final colocaram frutas na cabeça do cachorro. E que tal aquele passarinho com uma tampinha na cabeça? Ele saiu de uma HQ antiga do Zé Carioca.

Aí eu resolvi não culpar o diretor sem saber dos detalhes da produção. Ele escreveu o filme com mais duas pessoas e outros quatro (!!!) caras escreveram o roteiro. Talvez o diretor tenha chegado pro chefão do estúdio com uma ideia e ouviu algo do tipo - Isso não parece o Brazil, o Brazil não é assim, vai deixar todo mundo (nos eua) confuso. Ou ... Carlos Saldanha não pisa no Brasil desde a década de 50...

Como brasileiro, eu me senti ofendido. E 2011 não foi um bom ano para nós. Um mês depois, estreou ''Velozes e furiosos 5, operação Rio''. E o Vin Diesel disse que TODO brasileiro anda armado. Aquele filme me fez desistir da franquia, nunca mais vi um V&F.

E ''RIO 2''? Não obrigado.