O CAVALEIRO SOLITÁRIO

Acho que foi o diretor do filme que saiu dizendo que, O CAVALEIRO SOLITÁRIO, será o filme que vai transformar Armie Hammer num astro. Dias depois, o filme foi atropelado pelo "meu malvado favorito 2" sem dó. E agora dizem que o filme vai dar um prejú de 100 milhões para a Disney. Steven Spielberg e George Lucas já avisaram, essas mega produções são arriscadas demais e já levaram muitos estúdios à falência. No caso deste filme, isso é uma pena. Porque ele é divertido. Ok, o trailer não ajuda muito. A gente vê o trailer e pensa num "Piratas do Caribe" da vida. Sim, o filme tem humor, às vezes exagera, vemos animais atuando como animais de desenhos animados. Mas acima de tudo, é um western, durante boa parte do tempo. Essas cenas de bang bang dividem espaço com piadas vindas do futuro (como no Hércules da Disney), e referências ao seriado de tv de 1949. Todo esse bom humor às vezes não se equilibra com o gênero "faroeste". Mas como filme de aventura barra família, ele faz bonito.

TEM ALGUMA COISA ERRADA COM ESSE CAVALO

O filme começa em 1933, vemos um Tonto bem idoso trabalhando num circo, já não é um começo barra final muito feliz para ele. É ele quem nos conta a verdadeira história do cavaleiro solitário. Estamos agora no velho oeste, após a guerra civil, e vemos o promotor John Reid (Armie Hammer) voltando para casa depois de 9 anos, ele vai rever o irmão e a cunhada. Seu irmão é um ranger (a polícia local) e está esperando pela chegada de um criminoso que está no mesmo trem que John. O cara consegue escapar e os rangers vão atrás dele, eles são traídos e mortos. Mas John ainda está vivo, um cavalo branco, tido como um guia espiritual para os comanches, convenceu o índio Tonto a ajudar o rapaz. John quer vingar a morte do irmão, Tonto também está atrás do bandido por alguma razão e John vai usar uma máscara para esconder sua identidade, tentando convencer os outros de que é o fantasma do irmão. Esse lance de herói (armado) é novidade para ele e Tonto é o alívio cômico do filme. É claro que é complicado respeitar o clássico figurino do personagem, aquilo não é uma roupa de cowboy, mas o filme não liga para isso. Na verdade, todos no filme acham estranho esse negócio de máscara, e aí temos várias piadinhas. A aventura fica mirabolante demais no clímax, quando o tema musical do herói começa a ser tocado, mas ainda assim diverte. O fato de ser um filme um tanto longo, atrapalha um pouquinho. Dê uma chance, não vai doer.

VEJA TAMBÉM: Dança com lobos, Os indomáveis (2007), Jovem demais para morrer, De volta para o futuro 3.