1.4.13

JACK - O MATADOR DE GIGANTES


Primeiro, vieram as péssimas criticas. Depois descobri que não poderia ver esse filme, só encontrei cópias dubladas e, barra ou, em 3D. Encontrei uma única cópia legendada lá no fim do mundo, mas era 3D também. Aí resolvi testar os limites da minha maldade e pedi ajuda pro Anselmo. E ele foi ver o filme na mesma hora. Pobre Anselmo. Quando eu estiver em apuros novamente, vou tentar pegar leve com você. E aqui está a critica do Anselmo.

Querendo abocanhar alguns trocados no arriscado subgênero das adaptações de contos infantis, a Warner, que se ferrou, nos apresenta sua versão "modernizada" de João e o pé de feijão. Deixando de lado alguns argumentos do original, como a galinha e seus ovos de ouro, a harpa e grandes riquezas, em JACK - O CAÇADOR DE GIGANTES tais elementos até aparecem, mas em segundo plano, apenas para compor o cenário e não descaracterizar de vez a adaptação, pois, em seus lugares, somos apresentados a novos personagens. A trama é linear e bastante simples, nada de grandes surpresas ou reviravoltas, basicamente se resume a: Herói em missão de salvamento barra traidor do grupo libera um grande mal barra herói derrota o mal, prova seu valor e fica com a princesa. Os personagens são mal desenvolvidos. Com exceção do Jack e da princesa Isabelle, pouco ou nada é informado sobre o passado ou as motivações dos outros, impossibilitando qualquer tipo de identificação com o expectador. Arrastado em alguns momentos, o único gás que leva a trama adiante são as boas cenas de ação, mas nem elas justificam a duração de 114m, o filme é mais longo do que deveria. Com piadinhas bobas, falha quando tenta ser engraçado. Apenas crianças vão achar divertido um gigante enfiar o dedo no nariz e depois na boca (sorte minha a pipoca já ter acabado). Existem referências a alguns clássicos; Aladdin e o Rei Leão são os maiores destaques.  

LEVANDO O IRMÃO PRA GUERRA


Quando criança, o zumbi camponês Jack (Nicholas Hoult) e a princesa Isabelle (Eleanor Tomlinson) ouviam histórias sobre gigantes que habitaram um continente no céu. Ao invadir o reino dos homens, tais criaturas foram derrotadas e banidas para seu local de origem por um rei que possuía uma coroa mágica. A ponte que unia os dois mundos, um enorme pé de feijão, foi cortada, e deste acontecimento restaram apenas a tal coroa e alguns feijões. A história virou lenda, a lenda virou mito, e por dois mil e quin... não, espera... anos depois, por motivos financeiros, Jack parte para a cidade com o intuito de vender o único cavalo da família, mas termina com um punhado de feijões (que não podem ser molhados?!) nas mãos. Enquanto isso, a princesa Isabelle, obrigada pelo pai a se casar com um homem mais velho, resolve fugir. Dentre todas as casas do reino, ela se abriga da chuva justamente na casa de quem? Coincidência? Nessa mesma noite, Jack descobre que a tal lenda é real quando um grão de feijão germina, pondo a princesa em perigo. Há também a trama envolvendo Lorde Roderick (Stanley Tucci). Conselheiro real e noivo da princesa, ele tem um plano digno do Pink e Cérebro que consiste em usar os gigantes para conquistar o mundo. O personagem do Ewan McGregor (inspirado no visual do Justin Bieber) lidera os soldados do rei, além do Jack, na missão de resgate à princesa, iniciando assim a aventura. 
O visual dos gigantes deixou muito a desejar em termos de design e execução, e sua força física parece variar quando é conveniente ao roteiro, quero dizer. Um gigante tem força para arrancar e arremessar uma árvore, mas dez gigantes não conseguem baixar a ponte do castelo que está sendo mantida por dezenas de homens?! E o que aconteceu com as gigantas? Não lembro de ter visto nenhuma. Como eles se reproduzem? (uma segunda cabeça no General Fellon sugere bipartição ou brotamento). O filme deixa um gancho forçado para uma improvável continuação. No final, JACK O CAÇADOR DE GIGANTES não acrescenta nada ao subgênero, diverte um pouco se visto sem grandes pretensões, a criançada vai curtir bem mais e acima de tudo é para ser visto em casa. Não vi a versão 3D. Aqui na minha cidade as salas estão ocupadas com outros filmes, logo não posso opinar sobre o efeito, mas não escapei do dublado. Minha única reclamação foi não poder ouvir o sotaque do Ewan McGregor rs.











EVITE TAMBÉM: Alice no país das maravilhas (2010), João e Maria caçadores de bruxas.

2 comentários:

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

FICHA TÉCNICA

TITULO ORIGINAL: Jack The Giant Slayer
ANO: 2013
PAÍS: eua
DURAÇÃO: 114 min
DIRETOR: Bryan Singer (X-Men- O Filme, Superman o Retorno)
ELENCO: Nicholas Hoult, Eleanor Tomlinson, Ewan McGregor, Stanley Tucci, Bill Nighy.
DATA DE ESTREIA NO BRASIL: 29 de março

Leo Natura disse...

Você chegou a ver o original de 1962 com o Kerwin Mathews? Eu vi quando era criança e revi no outro dia no YouTube. Mas tava dublado em Italiano, com o título de L´ammazzagiganti.