Sim! Como eu disse, dublagem nova! Nenhum clássico está a salvo. Mas não é uma dublagem ruim, é só uma questão de se acostumar. E eu estava muito acostumado com a dublagem clássica presente no vhs. Agora, Lili se chama Lady e tem a voz da dubladora oficial da Amy Adams. Mas no menu de seleção de cenas, ela ainda é Lili. Vira lata agora é Vagabundo, não sei quem é o cara que faz sua nova voz, talvez seja um ator de novelas, não parece ser um dublador profissional. As canções também foram modificadas. Tudo bem que alguns erros da dublagem clássica foram corrigidos, mas para quê mexer nas canções? É interessante notar que a nova dublagem não conseguiu escapar da armadilha e usou o termo "cadela" no sentido ofensivo.
O LADO NEGRO DA DISNEY
A cena do espaguete é memorável, mas essa não é exatamente uma história de amor. O filme é sobre a vida de Lady. Vemos um pouco de sua infância, a chegada do bebê de sua dona, sua aventura pelas ruas da cidade, conhecendo o lado negro dos humanos e a vida dos cães sem dono. Ela recebe propostas de casamento e também vai parar num canil. Até certo ponto, esse filme parece uma versão canina de "e o vento levou" (será?). Tem aquela polêmica cena de sexo, apenas sugestiva, no mirante e também a traumatizante sequência no canil. Crianças não deviam ver isso. Muitos cães estão chorando, alguns são filhotes, e um carinha é levado até a "porta sem volta". O filme recebeu uma limpeza daquelas, nos personagens e nos cenários. Parece até que o desenho foi feito ontem e não em 1955! É de encher os olhos. Uma incrível conversão para o blu-ray. O blu vem dentro de uma luva, traz alguns extras da antiga versão em dvd (poucas novidades) e um dvd no pacote. Se existe uma coisa que o dinheiro não pode comprar, é o abanar da cauda de um cão. E esse filme é dedicado a eles.
VEJA TAMBÉM: Todos os cães merecem o céu, Oliver e sua turma, 101 dálmatas, O cão e a raposa.
2 comentários:
FICHA TÉCNICA
TITULO ORIGINAL: lady and the tramp
ANO: 1955
PAÍS: eua
DURAÇÃO: 76 min
DIRETORES: Clyde Geronimi, Wilfred Jackson e Hamilton Luske
ELENCO: Barbara Luddy e Larry Roberts
Sou a favor das novas dublagens, desde que se mantenha a antiga em outra faixa.
Primeiro: Se a ideia é entregar a melhor imagem, obrigatoriamente temos que receber também o melhor som. Mesmo com a restauração do áudio, a qualidade do material pode ficar aquém do desejado.
Segundo: A redublagem é a oportunidade de atualizar certos diálogos ou mesmo expressões que caíram em desuso por serem muito antigos. O uso de gírias da moda só serve para transformar algo que deveria ser atemporal em uma coisa datada.
Mas nada justifica a exclusão da dublagem original. Por questão de nostalgia, carinho, ou mesmo respeito deveria ser mantida, seja como áudio principal ou opcional. Tenho certeza que um blu-ray tem espaço suficiente para acomodar mais de três faixas de áudio.
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